segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sexo com amor é mais gostoso?




Mãos dadas, dedos cruzados, destinos traçados e o desatino de dois meninos se divertindo com os pingos da chuva na janela do quarto. Televisão ligada num canal qualquer, você de calcinha e minha camiseta, que cobre metade do seu corpo e me deixa louco de desejo! Um cobertor, pés gelados, roçando, procurando calor. Sussurros no seu ouvido, bobagens sem nexo quero sexo e você também. Nossos corpos se encaixam perfeitamente, parecem desenhados, para aquilo, como peças de quebra-cabeça! Minha mão no seu cabelo, um puxão leve, beijo com pitadas de mordidas no lábio, olhos fechados, sentindo a emoção do momento. Minha mão percorre seu corpo, e como um escultor no seu dia mais inspirado, parece esculpi-la, vagarosamente, com o maior cuidado, desço e aproveito cada instante. Paro nas duas pintas que você tem nos seios, gosto delas, são marcas suas. Finjo coloca-las ali, como se eu estivesse te criando naquele momento! Dou dois beijos em cada, e encontro seus mamilos, duros, pela excitação e pelo frio, e minha língua parece aquece-los, te aquece, e você geme baixinho, quase sussurrando “me possua, sou tua”! Você, então tira a calcinha e fica só com a camiseta, o frio não permite, e a vontade de me ter dentro de ti faz a pressa consumir o ato. Você sobe em mim, me olha nos olhos e encara! Joga o cobertor longe, e, devagar, senta e vai rebolando, descendo e subindo, e repetidas vezes, e em todo esse tempo, me encarando! A gente não se beija não se toca em mais nenhum lugar, só os olhos, que parecem dizer coisas que seriam impossíveis traduzir. Você fica naquele movimento até atingir o orgasmo!, E, depois quando o atinge solta seu corpo no meu, parece estar sem forças, e, deitada sobre mim, desce a cabeça até meu peito, e fica ali, muda, calada! Eu penso em dizer que te amo. Não precisa aquele encontro intenso de olhares, falou tanto que qualquer palavra estragaria aquele momento! Você adormece, de camiseta e sem calcinha, deitada sobre mim, achou ali uma proteção que a tempos não tinha. Sinto-me um cara de muita sorte, sorrio, passo a mão sobre seus cabelos e adormeço também. Feliz pelo momento que acabo de viver! A gente sela, com o sono, um segredo que nunca vamos contar a ninguém. A gente se amou tão intensamente que a forma mais linda de dizer tudo aquilo, foi o silencio.


Autor: Luiz Felipe Paz

2 comentários:

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  2. Caramba, que texto! Ficou muito bom, muito bom mesmo. Dá pra sentir e imaginar cada coisa que você fala, ta gostoso de ler, gostoso de sentir! Você surpreendendo a cada dia, e olha que queria parar ein?! Cada vez melhor, cada vez mais intenso, cada vez mais profundo e com palavras mais verdadeiras. Sou tua fã number one! ;)

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