Mãos dadas, dedos cruzados, destinos traçados e
o desatino de dois meninos se divertindo com os pingos da chuva na janela do
quarto. Televisão ligada num canal qualquer, você de calcinha e minha camiseta,
que cobre metade do seu corpo e me deixa louco de desejo! Um cobertor, pés
gelados, roçando, procurando calor. Sussurros no seu ouvido, bobagens sem nexo
quero sexo e você também. Nossos corpos se encaixam perfeitamente, parecem
desenhados, para aquilo, como peças de quebra-cabeça! Minha mão no seu cabelo,
um puxão leve, beijo com pitadas de mordidas no lábio, olhos fechados, sentindo
a emoção do momento. Minha mão percorre seu corpo, e como um escultor no seu
dia mais inspirado, parece esculpi-la, vagarosamente, com o maior cuidado, desço
e aproveito cada instante. Paro nas duas pintas que você tem nos seios, gosto
delas, são marcas suas. Finjo coloca-las ali, como se eu estivesse te criando
naquele momento! Dou dois beijos em cada, e encontro seus mamilos, duros, pela excitação
e pelo frio, e minha língua parece aquece-los, te aquece, e você geme baixinho,
quase sussurrando “me possua, sou tua”! Você, então tira a calcinha e fica só
com a camiseta, o frio não permite, e a vontade de me ter dentro de ti faz a
pressa consumir o ato. Você sobe em mim, me olha nos olhos e encara! Joga o
cobertor longe, e, devagar, senta e vai rebolando, descendo e subindo, e
repetidas vezes, e em todo esse tempo, me encarando! A gente não se beija não
se toca em mais nenhum lugar, só os olhos, que parecem dizer coisas que seriam impossíveis
traduzir. Você fica naquele movimento até atingir o orgasmo!, E, depois quando
o atinge solta seu corpo no meu, parece estar sem forças, e, deitada sobre mim,
desce a cabeça até meu peito, e fica ali, muda, calada! Eu penso em dizer que
te amo. Não precisa aquele encontro intenso de olhares, falou tanto que
qualquer palavra estragaria aquele momento! Você adormece, de camiseta e sem
calcinha, deitada sobre mim, achou ali uma proteção que a tempos não tinha. Sinto-me
um cara de muita sorte, sorrio, passo a mão sobre seus cabelos e adormeço
também. Feliz pelo momento que acabo de viver! A gente sela, com o sono, um
segredo que nunca vamos contar a ninguém. A gente se amou tão intensamente que
a forma mais linda de dizer tudo aquilo, foi o silencio.
Autor: Luiz Felipe Paz
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaramba, que texto! Ficou muito bom, muito bom mesmo. Dá pra sentir e imaginar cada coisa que você fala, ta gostoso de ler, gostoso de sentir! Você surpreendendo a cada dia, e olha que queria parar ein?! Cada vez melhor, cada vez mais intenso, cada vez mais profundo e com palavras mais verdadeiras. Sou tua fã number one! ;)
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