segunda-feira, 2 de junho de 2014

Acampamento inusitado!




Uma história de três dias!
Era um final de semana de folga, e queria muito ir à cachoeira, acampar, tocar um violão e assar uma carne. Liguei para minha namorada, parceira, que sempre topa tudo. Ela aceitou na hora, e sugeriu de chamarmos nossos amigos, todos casais, disse que seriam três dias legais pra colocar o papo em dia. Liguei para eles e todos toparam. Então, marcamos de nos encontrar no supermercado, comprar as coisas e ir. A cachoeira ficava a 50 km da cidade e dava para ir na sexta e voltar no domingo, no final da tarde. Seria divertido. Liguei de novo para minha mocinha e marquei com ela “amor, em 2 horas estou aí, pega a barraca com seu tio e aquela caixa de isopor que deixei aí, leva agasalho porque lá faz frio, beijos”. Então, arrumei minhas coisas. Não sou de firula, peguei uns shorts, camisetas e uma blusa de frio! Joguei na minha malinha, tomei um banho e fiquei pronto. Faltava uma hora. Estava ansioso, algo me dizia que seria um final de semana bem legal. Eu estava no começo do namoro e iria viajar com mais 3 casais de amigos de anos. Dávamo-nos super bem e tinha tudo para rir muito. Para o tempo passar, comecei a jogar vídeo game. Depois de ganhar uma e perder outra, deu a hora. Joguei a malinha, um cobertor e meu travesseiro e fui buscar a minha menina. Cheguei, buzinei e ela saiu rapidinho. Parecia estar ansiosa como eu. Entrou no carro animada, colocou um pen-drive no som e falou “ai amor, tô empolgada, fiz até uma lista com várias musicas para a gente ouvir o final de semana todo”. Dei um beijo nela, brinquei com seu cabelo molhado e fomos encontrar a galera para comprar as coisas. Todos estavam lá, decidimos levar cerveja, carne e alguns petiscos. Compramos, rachamos a conta e fomos. Chegando lá, paramos o carro, e andamos 2 km numa estradinha de terra, até a cachoeira. Quando fomos aproximando, aquele barulho da queda d’água, aquele cheiro de mata, aquela paz que só a natureza transmite. Era ali, ia ser massa. Guardamos as coisas e procuramos um lugar para colocar as quatro barracas. Montamos um ajudando o outro, abrimos a cerveja e ficamos conversando. Papo bom, nem vimos escurecer. Pegamos o violão, fizemos um longo lual. Cada um relembrava uma música mais antiga e engraçada. Aquele clima todo, me deu muita vontade de ficar a sós com a minha neguinha, chamei ela para nossa barraca. Ela animou na hora! Entramos e já nos abraçamos. E ficamos beijando e conversando, até que ouvimos o silencio lá fora. “acho que todos foram dormir, vem cá amor”. E começamos um beijo mais quente, até que ouvimos um grito e em seguida um palavrão “PUTA QUE PARIU”. Paramos assustados. Era um lugar isolado, e sempre vem aquele tanto de filme de terror na cabeça. Ela estava assustada e eu também. Ela falou “vai lá amor, vê o que é”. Eu, com uma puta medo, saí e estava um silêncio, não tinha nada, não tinha ninguém. Fui nas outras três barracas e ninguém tinha escutado aquele grito. Voltei e falei “amor, estão todos bem e ninguém mais escutou, será que estamos ficando loucos”? “Não amor, eu escutei, foi bem real, eles devem ter dormido, precisamos saber o que é, senão, vou querer ir embora agora”. “Então, calma, deita aqui comigo e vamos ficar quietinhos”. Ela deitou, até que um dos meninos bate na barraca e diz: “Fernando, saí da minha barraca para urinar e procurei nossas coisas e não achei, você guardou?" “eu não, um dos meninos guardou?". “Não, falei com eles, ninguém sabe de nada”. “Caralho, será que fomos roubados?". Saímos para procurar as coisas, não tinha rastro de nada, marca de nada, até que Juliano encontrou algumas gotas de sangue na estrada e chamou “galera, venham aqui ver isso”. E fomos, quando chegamos lá, decidimos seguir aquele rastro para ver onde ia dar. Andamos mais um pouco até acabar o sangue. Juliano me cutucou e falou, com a cara mais assustada do mundo: “Fernando, olha aquilo” Eu olhei, e dei dois passos para trás, era a coisa mais feia que já tinha visto... 
(continua na segunda feira que vem)

Autor: Luiz Felipe Paz!

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