sábado, 31 de janeiro de 2015

Me bagunça?

Sabe o que é? Você me bagunçou todo! Desarrumou o meu cabelo e amarrotou meus lençóis, sujou a minha boca de batom vermelho e nas costas marcas de unha! Pela casa, roupas jogadas e no travesseiro o seu cheiro. Você me bagunçou por inteiro! Fez todos os meses serem janeiro, todos os dias um domingo de preguiça, sexo e pés pra fora do cobertor! Era alucinante e cada encontro uma viagem pro meu interior. Com você eu me conheci, descobri anseios e medos e tive acesso a sentimentos que eu jamais tinha sentido! É que você me tranformou com essa bagunça. E depois de ti, tudo que passou não teve mais o mesmo impacto, perdeu-se a graça todas as vezes que tentei te esquecer e percebi que a mesmice acumulada nas pessoas não me satisfazia! Os outros corpos não encaixavam da mesma forma e as unhas não cravavam tão bem quanto as tuas, e as marcas de batom na minha boca me davam nojo! Depois de gozar e matar a vontade da carne, minha vontade era sumir ou que fosse você ali! E nessa burrice de tentar me divertir eu percebi que sem amor, não é a mesma coisa, não tem o mesmo sabor! Meu amor, volta logo e me bagunça tudo de novo! Sua bagunça intensa acalma meu coração!

Autor; Luiz Felipe Paz

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Coração sorridente

Minha pequena, meu coração se alegra com a sua visita, ele se enche de luz e em paz, ele sorri. De portas abertas ele te recebe... casa limpa e perfumada, toda bem decorada, pra você entrar e se aconchegar. Ele se faz abrigo, simples e iluminado e ao fundo a canção que nos embala no tocar dos corpos. Na porta uma placa: ‘Sua morada, minha menina’ e no meu rosto um sorriso escapole, eu todo bobo com a sua chegada. Você chega de mansinho, me encara lentamente, me da um beijo longo de presente e um abraço apertado. Desses que trazem guardado tanta historia pra viver. O destino sorri orgulhoso, não tinha como ser diferente, o mundo girou lentamente, mas pareceu parar, quando a gente se esbarrou novamente. Estava escrito em algum lugar, quando é amor, não adianta tentar. O corpo pode até se satisfazer, mas o coração não consegue sorrir, ele precisava de você aqui, pra poder gargalhar. Quando te vejo, meu corpo treme, minha alma se enche, minha mente entra em curto circuito. Minha mão gela, meus olhos brilham. Você consegue me ganhar no olhar. E te olhando assim, tão perto de mim, contando historias tão cheias de gestos e vida, eu só consigo pensar: Tive a liberdade que eu quis e não me encontrei. Como é bom ser livre pra escolher amar você e me reconhecer. Você aqui, rindo das minhas idiotices eu me sinto tão pleno. Como é bom poder ser eu, sem ter que me fantasiar de mentiras, pra agradar quem não me importa em nada. Amar você é me amar e sentir que sou muito feliz sozinho e que dividir essa felicidade com você, é divertido pra cacete.

Autor: Luiz Felipe Paz