segunda-feira, 9 de junho de 2014

Acampamento Inusitado [2]

(Continuação da Historia da semana passada:http://prosacompaz.blogspot.com.br/2014/06/acampamento-inusitado.html)

Juliano me cutucou e falou com a cara mais assustada do mundo: “Fernando, olha aquilo”. Eu olhei, e dei dois passos para trás, era a coisa mais feia que já tinha visto... Eram três corpos, parecia ser a mãe e duas filhas. Uma aparentava ter 11 anos e a outra 4 anos. A gente se olhou, nos olhamos, as meninas choravam! Ninguém falou nada, um silêncio absoluto. Aqueles corpos deixavam transparecer que aquilo tinha acabado de acontecer, e que quem fez aquilo ainda estava por perto. Decidimos pegar as coisas correndo, ir embora e ligar para a polícia. Os celulares não estavam ali, e não achamos as chaves dos carros. Quem fez aquilo tinha roubado nossas coisas, e queria a gente ali! Os carros estavam no mesmo lugar, do mesmo jeito. Voltamos para as barracas, e ficamos apavorados. Decidimos que 3 de nós íamos pegar pedaços de pau e madeira e iria atrás de alguém, e as 4 meninas e o Juliano ficariam ali, para ver o que era e, caso alguém aparecesse, eles gritariam. E assim saímos, André e Maurício estavam morrendo de medo, mas todos estavam com pedaços de madeira e prontos para bater em qualquer pessoa que aparecesse. A mata, um silêncio, até que escutamos um grito, único, alto e agudo: "AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!” Vinham do nosso acampamento, voltamos correndo, e chegando lá, mais sangue, as meninas ajoelhadas, amarradas em uma árvore e o corpo de Juliano pendurado, ele estava morto, amarrado igual a família que tínhamos achado e escrito no chão, de sangue, a frase “saiam do meu acampamento!" A gente ficou aterrorizado, as meninas em estado de choque, não conseguiam falar nada. Só Fabiana que sabia dizer alguma coisa: “não, não vimos nada, entramos para dentro da barraca, assustadas e o Juliano ficou lá fora, até que eu saí para chamá-lo para entrar, e ele já estava pendurado na árvore, e tinha um homem, de capuz, olhando para nós, nos amarrou aqui e escreveu isso! Ele não tinha nenhuma arma, nada. Não sabemos como ele fez aquilo”. Ficamos ainda mais assustados, com um puta medo, mas sem saber o que fazer! Peguei minha namorada e resolvi entrar na nossa barraca, pegar as coisas e sair dali, correr até a estrada e pedir carona, contar para alguém, sumir. Quando entrei na barraca, vi uma mala preta, com muitas objetos cortantes, uma máscara, um capuz, e uma roupa suja de sangue. Reconheci aquela mala ... (continua segunda que vem)

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