segunda-feira, 30 de junho de 2014
Carta pro futuro!
Carta direcionada a próxima pessoa que estiver pronta para me fazer feliz e preparada para estar feliz ao meu lado:
Me ama, me protege e me acalma, me lava a alma! Me segura, me assegura de um futuro feliz. Me faz viver por um triz, me faz sempre pedir bis. Arranca-me sorrisos, me faz gargalhar, me abraça forte e me faz flutuar. Domina-me inteiro, seja calor de janeiro, com pés na areia e o barulho do mar. Me faz viajar, em pensamentos distantes de momentos inesquecíveis. Me faz acordar, com carícias íntimas, tesão à flor da pele, língua percorrendo e dois corpos para se amar. Me faz delirar, com sussurros safados ao pé do ouvido, olhos nos olhos, eu com você e você comigo. Me desenha, me esculpe e me escreve. Me canta, me dança, me compõe. Me constrói em projetos e planos, destrói em mim as coisas ruins. Me acompanha na caminhada, me dá a mão quando necessário. Me dá uma paz, nessa guerra constante de egos e ostentações. Dá-me amor, me dê carinho, me dá parceria e companheirismo. Dei-me experiências, me dá esperança de um mundo melhor. Ri de mim, ri pra mim e ri comigo. Me dá abrigo, colo e cafuné pra eu dormir. Dorme comigo, me faz seu amigo, e me dá um ombro pra chorar. Enche-me de beijos e me preenche de algo que as pessoas insistem em tirar. Me cobre, me descobre, e faz da descoberta uma cama boa pra deitar. Fascina-me, me alucina e me chama pra voar. Me joga, se joga comigo, se joga em mim. Me apresenta, faz-me conhecer o melhor de mim, se apaixone pelo pior. Vem pronta para ser tudo aquilo que ninguém foi. Não se arruma, não se programa e não se prepare pra nada, só vem, que eu preciso de você assim, prontinha pra fazer de mim o melhor de você!
Autor: Luiz Felipe Paz
sexta-feira, 27 de junho de 2014
fazer sexo e fazer amor!
A diferença entre fazer sexo e fazer amor é brutal e quem já fez os dois vai me entender. Os dois são bons, os dois fazem transpirar, fazem gemer e fazem relaxar. Só que, no meio de braços, pernas e corpos colados, o sexo deixa faltar coisa que o amor preenche. Transar é muito bom e recomendo a todos. Transe mesmo, com um amigo íntimo, transe com aquela menina que te dá um tesãosinho mas não te faz sentir mais nada. Se tu é mulher, dê para um cara que tu acha gato. Fazer sexo sem pudor, sem medo de felicidade. Sexo sem cobranças, sem arrependimentos, sem esperar uma ligação no dia seguinte. É sexo, com puxões de cabelos, safadezas sussurradas ao pé do ouvido, é unhas nas costas e umas mordidinhas na orelha. É não esperar o compromisso nem querer ouvir coisas bonitinhas depois. É gozar, colocar a roupa e ir embora. É aquele sexo bêbado depois da balada, dentro do carro. Carnal e quase nada emocional. Sério! Não é bom pra cacete? Muito bom, mas não é fazer amor. Se você já teve a oportunidade de fazer amor, meu amigo, sinta-se um rapaz de sorte. Fazer amor é sublime, suave e tem intensidade. Fazer amor é o que a expressão diz. Fabricar amor, transpirar amor, sussurrar amor e lapidar amor. Quando você ama alguém e vocês unem as bocas, encontram os corpos, passeiam as mãos uns nos outros, você sente uma coisa que é difícil traduzir em palavras. São vocês dois, sem roupas e sem medos, sem pudores, sem caos na cabeça, ali, naquele momento, são só vocês dois, sendo vocês e não importando com mais ninguém. Por um instante o mundo parece não girar e o seu redor fica em um silêncio ensurdecedor. Você não se importa com mais nada, não quer saber de mais ninguém. Quando você ama e faz amor, você descobre que fazer sexo não chega nem perto. Só que fazer amor é um privilegio de poucos, e somente uma pessoa vai te causar essa sensação. Você vai aproveitando os “sexos”, até encontrar alguém que te faz suplicar amor e percebe que sexo é bom, mas fazer amor, Ah, fazer amor é a melhor coisa do mundo!
Autor: Luiz Felipe Paz
terça-feira, 24 de junho de 2014
Distribuir o bem!
Sabe uma coisa que me encanta em uma pessoa?
Quem não joga. Véi, na boa, quer fazer, faça. E tenha peito pra arcar com as consequências.
Só não fica com esse papinho tolo de fazer se outro fizer, de esperar o outro
ligar ou só agir quando o outro der abertura. Faz. Alivia a alma, simplifica.
As possibilidades batem a porta, abre, convida pra entrar e serve um café.
Amargo mesmo, se pedir açúcar, manda embora! Mantenha por perto quem
simplifica. Quem não fica de doce, que não faz hora com a sua cara. Não sei
você, mas as pessoas mais legais que eu conheço, são as que agem por impulso. Pensar
duas vezes é um tempo que você não deve perder. Estenda a mão, e quem pegar,
puxa pra sua vida. É assim, entrelaçou os dedos e apertou forte? Guarda! Gente
que te convide pra viajar, que te convide pra ver o sol nascer e beber até ele
se por. Gente que transpire amor, que distribua sorrisos. Gente que te tire pra
dançar, te tire pra viver. Mantenha por perto gente que vive, e que te faça
viver. Sai por ai dando bom dia pra estranhos, ouça papo de mendigos, e sorria
pro caixa mal humorado do supermercado. Distribua bom humor, Escute novas
historias, novas piadas. Ria, mesmo se não achar graça. Propague o bom. Não
divulgue o ruim! Quem chegar pra você, pra falar mal de alguém, corta assunto,
e se necessário, corta a pessoa. Sai limpando, simplificando as suas relações.
Seja um encorajador de pessoas. Um incentivador de novas ideias, de novas experiências!
Tá apaixonado? Liga, a pessoa recusou? Liga de novo, e se não der certo, liga o
foda-se e se liga na quantidade de gente bacana esperando uma ligação sua. A
vida é aquilo que a gente não vive, é aquele tempo que a gente tem medo de
perder. É aquela piada que a gente não contou, porque achou que ninguém ia rir.
A vida é aquilo que passa pela sua janela, enquanto você tá com medo da chuva,
trancado no seu quarto. Sai e se molha. É festa na sua casa, uma churrasqueira,
copos americanos com cerveja e assuntos que fazem o tempo voar. É valorizar
quem fica pra lavar a louça contigo. Diga sim para as opções que a vida lhe
propuser, topa, depois vê no que dá. Deixa rolar. Se não tá curtindo, diga,
saia fora! Não gosta do seu curso, tranca e presta outra faculdade. Não faça
por fazer Não gosta da musica que tá tocando, muda o som, muda o disco. Sem difamar,
sem espalhar inverdades, só desconectar, se livrar do mal, sem divulga-lo. Tem medo
de altura? Pula! Se você for elo entre pessoas, se você for sorriso constante e
tiver uma energia legal pra transmitir, pode ter certeza que vai ter alguém lá
em baixo pra te segurar. E se não segurar, vai rir do seu tombo e te fazer
entender que viver é isso, simplificar e divertir-se!!
Autor: Luiz Felipe Paz
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Vem e me prenche!
As pessoas vão te cansando, os assuntos não te
interessam mais. As historias dos outros não fazem tanto sentido. O papo depois
da transa te dá preguiça, e você faz sexo por fazer, pra matar a sua
necessidade. As bocas não têm sabores que te agradem, os sorrisos não te fazem
sorrir e as suas mãos não acham corpos que fazem sentido percorrer. Você se
sente perdido em um mundo de pessoas que não te completam. Nada parece ter
tanta graça, tanta cor. As músicas parecem fora do tom, os quadros parecem
pintados em preto e branco, e os pássaros parecem voar por obrigação. Você se
sente vazio, precisando se encher de alguém. Seu coração tem um espaço
guardado, cuidado, pronto pra ser preenchido. Sua cabeça pede um colo pra deitar,
seus olhos pedem olhares que te fazem querer parar. Você quer alguém que faça
seu mundo girar em outra velocidade. Você quer alguém que te inspire a novos
poemas, que te apresente lugares que você nunca imaginou existir. E ai, quando
você não imagina encontrar, você vê, em meio a uma multidão de vazios e
assuntos chatos, um sorriso que te faz parar. Você escuta uma voz que te faz
arrepiar. No meio da musica chata, você acha que alguém que te tira pra dançar,
que te faz flutuar. Você encontra, no meio da mesmice acumulada nas pessoas,
alguém que te faz querer recomeçar a vida. Alguém que te faz parecer um bobo,
com sorriso na boca, nos olhos e no coração. Você encontra alguém que faz seu coração
bater a mil, e que escuta com você, cada batida. Alguém que tem um colo tão confortável,
que sua cabeça não consegue sair dali. Você encontra um abraço, que entrelaça
braços, cola corações e faz do tempo um inimigo filho da puta! Você encontra
alguém que te faz entender que sexo e fazer amor, são coisas completamente
diferentes. Você encontra alguém que te faz querer conversar, que as historias
te interessam. Você encontra alguém que enche seu vazio. Encontra uma boca
doce, que você não tem vontade de largar. Seus quadros ganham cores e suas
musicas lindas melodias. Seus poemas estão em cartas, que você quer sempre
entregar. Suas mãos acham um corpo que as fazem caminhar por ele, e elas não
tem a menor vontade de larga-lo. Ai, meu amigo, você vai entender, que quando a
gente ama alguém, outros alguéns são só figurantes, nessa historia que a gente
vive escrevendo. E vai entender da forma mais maluca do mundo, que o amor bate
a porta e a gente precisa estar pronto pra recebê-lo, e ele bagunça tudo e traz
alguém pra te ajudar a arrumar!
Autor: Luiz Felipe Paz
Acampamento Inusitado ( Final)
Segunda Parte: http://prosacompaz.blogspot.com.br/2014/06/acampamento-inusitado_9.html
Final:
Peguei minha namorada e resolvi entrar na nossa barraca, pegar as coisas
e sair dali, correr até a estrada e pedir carona, contar para alguém, sumir.
Quando entrei na barraca, vi uma mala preta, com muitos objetos cortantes, uma
máscara, um capuz, e uma roupa suja de sangue. Reconheci aquela mala... Veio
minha infância toda na cabeça. As viagens com minha família, meu pai sempre
segurando aquela mala. Fiquei em estado de choque. A 15 anos não via meu pai.
Não é possível, deveria ser uma terrível coincidência. Precisava sair correndo
daquele lugar, precisava proteger a menina que estava comigo. Estava morrendo
de medo, mas uma curiosidade tomou conta de mim, e se fosse meu pai? Porque ele
estaria fazendo aquilo? Tive que ir atrás dessas respostas. Mauricio entrou
desesperado, me chamando pra ir embora. Pedi que levasse minha namorada com
ele, que eu precisava resolver umas coisas ali. Ele não entendeu, mas atendeu
meu pedido e saiu com as meninas. Resolvi ficar. Sentei em frente a barraca, um
copo de cerveja na mão e esperei o homem voltar. Sabia que corria um risco, se
não fosse meu pai, fosse um assassino maluco, eu morreria. Só que as duvidas e
a curiosidade falaram mais alto. E, depois de um tempo, senti um braço meu
pescoço. Me enforcando, senti uma faca nas costas, depois de uma luta, consegui
virar e tirar o capuz do homem. Me assustei e ele também. Ele gritou “ Filho?” E, chorando, deu dois
passos pra trás. Minhas vistas escureceram, coloquei a mão onde recebi a
facada, e tinha muito sangue. Cai no chão. Ele deitou sobre mim e falou: “ O
que você faz aqui, no meu acampamento?” E falei: “Pai, você é assassino? Porque
fazer isso? Quem era aquela família que você matou?” "Filho, era a minha família,
a aquela mulher era minha esposa, e estava com tuberculose. Ela passou para
minhas duas filhas, e sem dinheiro para o tratamento, elas morreram, e, um
pouco antes dela morrer, ela me fez prometer que tiraria a vida de qualquer
pessoa que tentasse chegar perto da nossa casa, que está a 1 Km daqui então, tirei um pedaço delas pra guardar de recordação e pendurei na arvore, para sempre lembrar delas e vocês apareceram”” “Pai,
você matou pessoa...” Fui ficando fraco, nem terminei a frase, só pedi “ me
leva ao hospital, vou morrer” Ele me olhou, deixou cair uma lagrima e falou “Sou
um homem e fiz uma promessa pra mulher que amei, então me desculpe filho” E
assim, ele levantou a faca e mirou meu coração e ficou parado, naquela posição,
por alguns minutos e, com olhos fechados, desceu a mão. Eu fechei os olhos, esperando a morte. Quando abri, meu pai estava deitado do meu lado, a faca em seu coração... Fui ficando fraco, a visão escurecendo, só vi minha namorada e os meninos aproximando e apaguei! Me contaram depois, eu no hospital, que resolveram voltar pra me ajudar, me acharam deitado, em cima de um homem morto, abraçado com ele.
FIM
Autor: Luiz Felipe Paz
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Dia dos namorados
Frio, meias nos pés, um moletom que tem seu
cheiro e um fone de ouvido que toca um reggae que me faz lembrar você! Cadê
você? Te procuro nas lembranças, te busco na memoria, e te acho nas várias
historias que vivemos! Te vejo sorrindo, pedindo abrigo, me chamando de amor e
me dizendo palavras qualquer na tarde de domingo. Te acho na fogueira, um
violão, eu tocando Djavan e você cantando, desafinada e entre goles de cerveja,
me beijando com pressa pra não perder a música! Te acho dormindo, esparramada
na cama, um pijama vermelho, cobertor só nas pernas e dois travesseiros, um na
cabeça e o outro entre os braços! Te vejo no carro, banco do passageiro, batom
na mão, espelho na outra, maquiagem no colo e varias historias sobre alguma
amiga que eu não lembro o nome! Te acho na tarde ensolarada de sol, com os pés
na piscina, aquele medo de molhar o cabelo e rindo das palhaçadas que eu faço
pra te ver sorrir! Como é bom achar momentos que você ri, vou rindo juntos,
deitado sozinho no meu quarto, lembrando de ti. Continuo procurando, e te acho
no cinema, deitada no meu ombro e rindo de um filme qualquer, uma pipoca suja
de batom e algumas cheiradas no meu pescoço, elogiando o perfume, que você me
deu. Te acho na sala da Tevê, com a camiseta do meu time, calcinha, cabelo
amarrado, na mão o controle e você em sono profundo. Te vejo no meu
aniversário, você me abraçando, falando algumas palavras e chorando, e com
vergonha do choro, se aconchegando em mim pra esconder e ninguém ver. Te vejo
me vendo, me admirando, me encarando e passando a mão no meu cabelo, me
abraçando e sussurrando no meu ouvido alguma coisa que te faz dar um sorriso
safado. Te acho na praia, correndo pra entrar no mar e voltando porque a água
tá gelada. Você me olha, me chama e tenta me convencer a entrar junto com você.
Te acho do meu lado, me abraçando e me confortando, quando perco um amigo de infância
pra violência. Te acho, em tantas memorias minhas que começo a perceber como a
gente tem sido amigo e companheiro nesse tempo. Começo a perceber como a gente
tem se divertido, como temos divido tantas coisas. Começo a entender a sua
importância na minha vida e descobrir como tenho procurado em você refugio,
colo e proteção. Então eu entendo, numa gostosa busca de você dentro de mim,
como eu sou sortudo por ter você e que nesse dia dos namorados, eu tenho mesmo,
MUITA coisa pra comemorar!
Autor: Luiz Felipe Paz
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Sexo com amor é mais gostoso?
Mãos dadas, dedos cruzados, destinos traçados e
o desatino de dois meninos se divertindo com os pingos da chuva na janela do
quarto. Televisão ligada num canal qualquer, você de calcinha e minha camiseta,
que cobre metade do seu corpo e me deixa louco de desejo! Um cobertor, pés
gelados, roçando, procurando calor. Sussurros no seu ouvido, bobagens sem nexo
quero sexo e você também. Nossos corpos se encaixam perfeitamente, parecem
desenhados, para aquilo, como peças de quebra-cabeça! Minha mão no seu cabelo,
um puxão leve, beijo com pitadas de mordidas no lábio, olhos fechados, sentindo
a emoção do momento. Minha mão percorre seu corpo, e como um escultor no seu
dia mais inspirado, parece esculpi-la, vagarosamente, com o maior cuidado, desço
e aproveito cada instante. Paro nas duas pintas que você tem nos seios, gosto
delas, são marcas suas. Finjo coloca-las ali, como se eu estivesse te criando
naquele momento! Dou dois beijos em cada, e encontro seus mamilos, duros, pela excitação
e pelo frio, e minha língua parece aquece-los, te aquece, e você geme baixinho,
quase sussurrando “me possua, sou tua”! Você, então tira a calcinha e fica só
com a camiseta, o frio não permite, e a vontade de me ter dentro de ti faz a
pressa consumir o ato. Você sobe em mim, me olha nos olhos e encara! Joga o
cobertor longe, e, devagar, senta e vai rebolando, descendo e subindo, e
repetidas vezes, e em todo esse tempo, me encarando! A gente não se beija não
se toca em mais nenhum lugar, só os olhos, que parecem dizer coisas que seriam impossíveis
traduzir. Você fica naquele movimento até atingir o orgasmo!, E, depois quando
o atinge solta seu corpo no meu, parece estar sem forças, e, deitada sobre mim,
desce a cabeça até meu peito, e fica ali, muda, calada! Eu penso em dizer que
te amo. Não precisa aquele encontro intenso de olhares, falou tanto que
qualquer palavra estragaria aquele momento! Você adormece, de camiseta e sem
calcinha, deitada sobre mim, achou ali uma proteção que a tempos não tinha. Sinto-me
um cara de muita sorte, sorrio, passo a mão sobre seus cabelos e adormeço
também. Feliz pelo momento que acabo de viver! A gente sela, com o sono, um
segredo que nunca vamos contar a ninguém. A gente se amou tão intensamente que
a forma mais linda de dizer tudo aquilo, foi o silencio.
Autor: Luiz Felipe Paz
Acampamento Inusitado [2]
(Continuação da Historia da semana passada:http://prosacompaz.blogspot.com.br/2014/06/acampamento-inusitado.html)
Juliano me cutucou e falou com a cara mais assustada do mundo: “Fernando, olha aquilo”. Eu olhei, e dei dois passos para trás, era a coisa mais feia que já tinha visto... Eram três corpos, parecia ser a mãe e duas filhas. Uma aparentava ter 11 anos e a outra 4 anos. A gente se olhou, nos olhamos, as meninas choravam! Ninguém falou nada, um silêncio absoluto. Aqueles corpos deixavam transparecer que aquilo tinha acabado de acontecer, e que quem fez aquilo ainda estava por perto. Decidimos pegar as coisas correndo, ir embora e ligar para a polícia. Os celulares não estavam ali, e não achamos as chaves dos carros. Quem fez aquilo tinha roubado nossas coisas, e queria a gente ali! Os carros estavam no mesmo lugar, do mesmo jeito. Voltamos para as barracas, e ficamos apavorados. Decidimos que 3 de nós íamos pegar pedaços de pau e madeira e iria atrás de alguém, e as 4 meninas e o Juliano ficariam ali, para ver o que era e, caso alguém aparecesse, eles gritariam. E assim saímos, André e Maurício estavam morrendo de medo, mas todos estavam com pedaços de madeira e prontos para bater em qualquer pessoa que aparecesse. A mata, um silêncio, até que escutamos um grito, único, alto e agudo: "AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!” Vinham do nosso acampamento, voltamos correndo, e chegando lá, mais sangue, as meninas ajoelhadas, amarradas em uma árvore e o corpo de Juliano pendurado, ele estava morto, amarrado igual a família que tínhamos achado e escrito no chão, de sangue, a frase “saiam do meu acampamento!" A gente ficou aterrorizado, as meninas em estado de choque, não conseguiam falar nada. Só Fabiana que sabia dizer alguma coisa: “não, não vimos nada, entramos para dentro da barraca, assustadas e o Juliano ficou lá fora, até que eu saí para chamá-lo para entrar, e ele já estava pendurado na árvore, e tinha um homem, de capuz, olhando para nós, nos amarrou aqui e escreveu isso! Ele não tinha nenhuma arma, nada. Não sabemos como ele fez aquilo”. Ficamos ainda mais assustados, com um puta medo, mas sem saber o que fazer! Peguei minha namorada e resolvi entrar na nossa barraca, pegar as coisas e sair dali, correr até a estrada e pedir carona, contar para alguém, sumir. Quando entrei na barraca, vi uma mala preta, com muitas objetos cortantes, uma máscara, um capuz, e uma roupa suja de sangue. Reconheci aquela mala ... (continua segunda que vem)
Juliano me cutucou e falou com a cara mais assustada do mundo: “Fernando, olha aquilo”. Eu olhei, e dei dois passos para trás, era a coisa mais feia que já tinha visto... Eram três corpos, parecia ser a mãe e duas filhas. Uma aparentava ter 11 anos e a outra 4 anos. A gente se olhou, nos olhamos, as meninas choravam! Ninguém falou nada, um silêncio absoluto. Aqueles corpos deixavam transparecer que aquilo tinha acabado de acontecer, e que quem fez aquilo ainda estava por perto. Decidimos pegar as coisas correndo, ir embora e ligar para a polícia. Os celulares não estavam ali, e não achamos as chaves dos carros. Quem fez aquilo tinha roubado nossas coisas, e queria a gente ali! Os carros estavam no mesmo lugar, do mesmo jeito. Voltamos para as barracas, e ficamos apavorados. Decidimos que 3 de nós íamos pegar pedaços de pau e madeira e iria atrás de alguém, e as 4 meninas e o Juliano ficariam ali, para ver o que era e, caso alguém aparecesse, eles gritariam. E assim saímos, André e Maurício estavam morrendo de medo, mas todos estavam com pedaços de madeira e prontos para bater em qualquer pessoa que aparecesse. A mata, um silêncio, até que escutamos um grito, único, alto e agudo: "AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!” Vinham do nosso acampamento, voltamos correndo, e chegando lá, mais sangue, as meninas ajoelhadas, amarradas em uma árvore e o corpo de Juliano pendurado, ele estava morto, amarrado igual a família que tínhamos achado e escrito no chão, de sangue, a frase “saiam do meu acampamento!" A gente ficou aterrorizado, as meninas em estado de choque, não conseguiam falar nada. Só Fabiana que sabia dizer alguma coisa: “não, não vimos nada, entramos para dentro da barraca, assustadas e o Juliano ficou lá fora, até que eu saí para chamá-lo para entrar, e ele já estava pendurado na árvore, e tinha um homem, de capuz, olhando para nós, nos amarrou aqui e escreveu isso! Ele não tinha nenhuma arma, nada. Não sabemos como ele fez aquilo”. Ficamos ainda mais assustados, com um puta medo, mas sem saber o que fazer! Peguei minha namorada e resolvi entrar na nossa barraca, pegar as coisas e sair dali, correr até a estrada e pedir carona, contar para alguém, sumir. Quando entrei na barraca, vi uma mala preta, com muitas objetos cortantes, uma máscara, um capuz, e uma roupa suja de sangue. Reconheci aquela mala ... (continua segunda que vem)
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Não pedi!
Não pedi pra você entrar na minha vida. Não pedi pra me abraçar como me abraçou. Não pedi pra me cativar, pra me conquistar e pra me mostrar o que era o amor! Não pedi pra você falar baixinho em meu ouvido, e sussurrar safadezas que me fizeram arrepiar. Não pedi pra me beijar como outras bocas não beijaram, nem pra me acariciar como outras mãos não fizeram. Não pedi pra me mostrar um mundo novo, pra pegar na minha mão, nem pra me ensinar a voar. Não pedi pra você dormir no meu peito, na noite fria, nem pra esfregar seus pés gelados nos meus embaixo do cobertor. Não pedi seu amor, nem que curasse a minha dor. Não pedi pra me trazer paz, pra me mostrar que podia sempre mais. Não pedi pra me dar animo, pra me ensinar a me amar e me mostrar como o mundo tem coisas boas para serem descobertas. Não pedi pra me embebedar, me embriagar e me fazer querer mais. Não pedi suas músicas, que agora não paro de ouvir. Não pedi pra me apresentar seus amigos, que agora não consigo me ver sem eles. Eu não pedi você, não pedi ninguém. Eu estava bem sozinho e nem imaginava estar bem com alguém. Ai você chegou, sem pedir licença, só entrou na minha vida. Daquele jeito seu, furacão, que bagunça tudo e passa rápido. Você me levou a possibilidades que eu não imaginava, me apresentou cores que eu não conhecia e acordes que eu não sabia. Mostrou-me mares que nunca naveguei e alturas que nunca alcancei. Você se aproximou, abraçou, beijou, transou, me encantou e sumiu, numa velocidade alucinante, que meu corpo carece de mais, quer mais, pede mais e não se sacia com mais ninguém. A sua intensidade me ligou na tomada e agora eu quero mais. Eu não pedi nada disso. E agora, sem você, o único pedido que eu faria é: Vem de novo e me preenche. Só isso que eu peço, Volta e fica! Não foi culpa minha você me fazer querer você assim, de um jeito que não consigo mais não ter!
Autor: Luiz Felipe Paz
terça-feira, 3 de junho de 2014
O excesso cansa!
Em excesso, até o amor enche! Em excesso, até o abraço sufoca, o beijo molha e o sexo cansa. O excesso é o oposto do acesso! Quem quer amor, não pode dar amor o tempo todo, deixa respirar! Deixa gostar da ausência, deixa querer te ver. Seja inteiro sozinho! Esse papo que o outro te completa é conversa de quem não se basta! Quando a gente gosta da gente, gostar do outro fica mais fácil! Amor é sublimidade e simplicidade em entrega, não submissão e dependência de afeto! Amor a gente não define, a gente sente. Amor é construção, meu companheiro. Primeiro a admiração, o encantamento, o gostar, conhecer os defeitos, entender os defeitos, perdoar e depois saber que você ama. A gente não define, a gente sente. Quando você tem a necessidade de dizer isso logo, tem muita coisa errada. Pára de complicar, de querer viver aquilo que não tá na hora! Aproveita a fase, aproveita o fato de você ainda não amar e se delicia com a possibilidade de conhecer alguém, de se entregar sem medo. Vai devagar, vai vivendo tudo. O legal da vida é isso, deixar rolar e curtir cada momento. A gente vive pelos detalhes, a gente se alimenta dessas pequenas coisas. É de grão em grão que a gente mata a fome. Aprenda a ser amado, sem obrigar a pessoa a te amar, deixa ela escolher, deixa ela sentir. Por isso, dê liberdade, deixa voar e voltar quando quiser. Se você valer a pena, ela sempre volta. A gente cativa, sem forçar, sem jogar e sem mentir quem somos, cativamos com coisas que a gente nem imagina! Se você deu o melhor de si, e foi você verdadeiramente, e o outro decidiu ir embora, deixa ir. É porque realmente não era para ter ficado. Não mude. Tem um milhão de possibilidades e histórias no mundo para serem vividas.
Autor: Luiz Felipe Paz
Autor: Luiz Felipe Paz
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Acampamento inusitado!
Uma história de três dias!
Era um final de semana de folga, e queria muito ir à cachoeira, acampar, tocar um violão e assar uma carne. Liguei para minha namorada, parceira, que sempre topa tudo. Ela aceitou na hora, e sugeriu de chamarmos nossos amigos, todos casais, disse que seriam três dias legais pra colocar o papo em dia. Liguei para eles e todos toparam. Então, marcamos de nos encontrar no supermercado, comprar as coisas e ir. A cachoeira ficava a 50 km da cidade e dava para ir na sexta e voltar no domingo, no final da tarde. Seria divertido. Liguei de novo para minha mocinha e marquei com ela “amor, em 2 horas estou aí, pega a barraca com seu tio e aquela caixa de isopor que deixei aí, leva agasalho porque lá faz frio, beijos”. Então, arrumei minhas coisas. Não sou de firula, peguei uns shorts, camisetas e uma blusa de frio! Joguei na minha malinha, tomei um banho e fiquei pronto. Faltava uma hora. Estava ansioso, algo me dizia que seria um final de semana bem legal. Eu estava no começo do namoro e iria viajar com mais 3 casais de amigos de anos. Dávamo-nos super bem e tinha tudo para rir muito. Para o tempo passar, comecei a jogar vídeo game. Depois de ganhar uma e perder outra, deu a hora. Joguei a malinha, um cobertor e meu travesseiro e fui buscar a minha menina. Cheguei, buzinei e ela saiu rapidinho. Parecia estar ansiosa como eu. Entrou no carro animada, colocou um pen-drive no som e falou “ai amor, tô empolgada, fiz até uma lista com várias musicas para a gente ouvir o final de semana todo”. Dei um beijo nela, brinquei com seu cabelo molhado e fomos encontrar a galera para comprar as coisas. Todos estavam lá, decidimos levar cerveja, carne e alguns petiscos. Compramos, rachamos a conta e fomos. Chegando lá, paramos o carro, e andamos 2 km numa estradinha de terra, até a cachoeira. Quando fomos aproximando, aquele barulho da queda d’água, aquele cheiro de mata, aquela paz que só a natureza transmite. Era ali, ia ser massa. Guardamos as coisas e procuramos um lugar para colocar as quatro barracas. Montamos um ajudando o outro, abrimos a cerveja e ficamos conversando. Papo bom, nem vimos escurecer. Pegamos o violão, fizemos um longo lual. Cada um relembrava uma música mais antiga e engraçada. Aquele clima todo, me deu muita vontade de ficar a sós com a minha neguinha, chamei ela para nossa barraca. Ela animou na hora! Entramos e já nos abraçamos. E ficamos beijando e conversando, até que ouvimos o silencio lá fora. “acho que todos foram dormir, vem cá amor”. E começamos um beijo mais quente, até que ouvimos um grito e em seguida um palavrão “PUTA QUE PARIU”. Paramos assustados. Era um lugar isolado, e sempre vem aquele tanto de filme de terror na cabeça. Ela estava assustada e eu também. Ela falou “vai lá amor, vê o que é”. Eu, com uma puta medo, saí e estava um silêncio, não tinha nada, não tinha ninguém. Fui nas outras três barracas e ninguém tinha escutado aquele grito. Voltei e falei “amor, estão todos bem e ninguém mais escutou, será que estamos ficando loucos”? “Não amor, eu escutei, foi bem real, eles devem ter dormido, precisamos saber o que é, senão, vou querer ir embora agora”. “Então, calma, deita aqui comigo e vamos ficar quietinhos”. Ela deitou, até que um dos meninos bate na barraca e diz: “Fernando, saí da minha barraca para urinar e procurei nossas coisas e não achei, você guardou?" “eu não, um dos meninos guardou?". “Não, falei com eles, ninguém sabe de nada”. “Caralho, será que fomos roubados?". Saímos para procurar as coisas, não tinha rastro de nada, marca de nada, até que Juliano encontrou algumas gotas de sangue na estrada e chamou “galera, venham aqui ver isso”. E fomos, quando chegamos lá, decidimos seguir aquele rastro para ver onde ia dar. Andamos mais um pouco até acabar o sangue. Juliano me cutucou e falou, com a cara mais assustada do mundo: “Fernando, olha aquilo” Eu olhei, e dei dois passos para trás, era a coisa mais feia que já tinha visto...
(continua na segunda feira que vem)
Autor: Luiz Felipe Paz!
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