sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Arrepios



Arrepio. Sério, eu arrepio todo quando ela conversa em meu ouvido, sussurrando sacanagem e depois distribui beijinhos em meu pescoço. E, sem descolar seu rosto do meu, aproxima sua boca e me beija lentamente, mas com certa força. E, morde meus lábios, com mordidas me convidando para o sexo. Arrepio ainda mais quando ela me afasta e me olha com aquela cara de menina levada que ela tem. Aproximo-me, passo a mão em suas costas, naquela curva entre a coluna e a bunda, a puxo pra bem perto de mim, até nosso corpo estar completamente grudado um no outro. E, enquanto a beijo, desço minha mão, aperto sua bunda e, numa tentativa impossível e tentar que dois corpos ocupem o mesmo lugar no espaço, trago ela pra mais perto, nossas partes intimas se grudam e se roçam. Sem desgrudarmos, ela tira minha camiseta e joga longe, nem olha pra onde e passa a unha nas minhas costas, demonstrando um tesão guardado. Aquela unhada me faz arrepiar mais. Subo a minha mão até seus seios, e faço carinhos leves, fico ali redesenhando, brincando como se fossem morros escondendo o por do sol. Ela ri da minha imaginação e aquele sorriso me arrepia a alma. Começo a beijar seu pescoço e vou descendo, minha língua percorrendo todo o seu corpo. Chego nos mamilos e brinco por alguns instantes, dou mordidas leves e fico observando sua cara de prazer, desço até a barriga, e passo a língua um pouco abaixo do umbigo, mas não uma lambida qualquer, aquela que você quase não encosta na pele e sinto o corpo dela arrepiar todo. Quando vou descendo mais, ela puxa meus cabelos, me olha com uma cara safada e diz: “Hoje eu quero gozar com você me chupando”! Aquilo, além de arrepio me trouxe certo medo. Uma puta pressão, mas bora. Desabotoou a calça jeans dela, e tiro a calça e calcinha e ela fica completamente nua, enquanto jogo a calça longe, paro pra observar o corpo dela, fico arrepiado com a sorte que eu tive de ter aquela mulher. Afasto uma perna da outra, puxo bem a respiração e começo a beijar seus joelhos e vou descendo. Paro um pouco antes da virilha, passo a língua ali perto e sinto-a dando uma pequena contorcida, então, vou com a língua da coxa pra vagina, sentindo todo o gosto daquela mulher. Quando minha língua toca seu grelo, ela geme, fecha bem os olhos e morde os lábios. Começo lentamente, a passar a língua ali, e quando sinto que ela esta profundamente mergulhada no prazer, enfio dois dedos na vagina dela. Ela desce com as duas mãos na minha cabeça, parece nem ter controle sobre seus atos, e aperta minha cabeça contra seu corpo. Minha língua alterna velocidade e meus dedos entram e saem vagarosamente. Ela solta alguns gemidos mais altos, puxa meu cabelo e diz “vou gozar, não para que vou gozar”. Então, acelero e diminuo a pressão da língua, até ela relaxar todo o corpo, em êxtase total. Arrepio-me com o orgasmo dela. Então, ela puxa minha cabeça, até estar a minha boca colada na sua, me da um beijo longo e demorado, afasta minha boca, me olha nos olhos e diz: “você me faz muito feliz, eu te amo amor”. Vira para o lado e dorme. Quando ouço as palavras “eu te amo”, me arrepio todo e ali, naquele momento, eu percebo: amor mesmo é quando o outro nos toca, sem encostar na gente!


Autor: Luiz Felipe Paz

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