quarta-feira, 27 de agosto de 2014

abraço


Aquele abraço. Como desfibrilador no meu peito, fez meu coração acelerar, fez pulsar em mim, amor. Aqueles braços, colando meu corpo no seu, abraçando todo meu eu, e colando em mim, as respostas de todas as minhas duvidas. É você. Fim de papo. Eu sempre tive certeza que era você, mas aquele abraço silencioso, que parecia gritar dentro de mim “abraça a ideia de me abraçar todos os dias e me tenha nos seus braços”. Eu te quis nas noites frias, debaixo do meu cobertor, te quis pra fazer amor, gemer baixinho e depois dormir pelado, roçar em você, me chamar de tarado e fazer sexo até cansar. Eu quis nas minhas conquistas, dividir minha felicidade, contar minhas alegrias e partilhar os sonhos que realizei. Quis-te nas angustias, nos meus choros calados, abafados por um travesseiro e aquele medo de estar sozinho. Ali eu pedi por você, seu olhar de aconchego, seu chamego confortante e aquela sensação de estar completo, mesmo com a dor de ter fracassado. Te procurei ao acordar, ao ir dormir e ao viajar. Procurei-te nos momentos de diversão, copo na mão e a sensação maluca de não estar completo. Te quis por perto, quando tocou aquela musica que a gente pulava feito malucos, rindo um do outro. Eu te perdi e te senti tão distante, me senti sozinho, mesmo cercado por uma multidão de pessoas. Senti-me incompleto, até aquele abraço. Aquele abraço foi a junção de duas peças de quebra-cabeça, desenhadas perfeitamente para junção. Foi aquele momento que você tem certeza que essa porra de amor que todos falam existe, e que ele tá nesses momentos. Aquele abraço foi amor. Abracei meu destino, meu futuro e a certeza que é aqui que eu quero morar. Aquele abraçou reviveu em mim todos os sorrisos que demos juntos. Então, que me desculpe o tempo, mas é injusto ter tudo que se quer resumido a 10 segundos. Eu queria era te abraçar te sequestrar, te levar comigo e não mais soltar. Eu te larguei, os braços separaram e cada coração bateu num compasso diferente, mas era aquilo que eu precisava pra ter certeza que a única certeza que eu tenho agora é que é você que eu preciso pra estar completo. Então, tempo, obrigado pelos 10 segundos e por fazer ter certeza que meu abrigo é o abraço daquela menina. Sigo adiante, de braços abertos pro mundo, mas quando te encontrar fecho os braços e não solto nunca mais!


Autor: Luiz Felipe Paz

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

viagem interior

Hoje revivi momentos e passei minha vida toda mentalmente. Exercício bom pra me conhecer, reconhecer em mim a pessoa que tenho me tornado. E posso resumir essa viagem em transformação. Me transformei em recomeços, e aprendi que muitas coisas não dão certo e recomeçar é necessário. Me transformei em sorrisos, e aprendi que é a melhor maneira de encarar a vida. Transformei-me em amores passados, guardados em lugares que não quero mexer. Aprendi a amar do meu jeito, aceitar os defeitos e entender que o outro é uma soma e não uma metade. Aprendi a encarar a realidade. Olhar de frente quem quer olhar de cima. Me transformei em paz, e quero mais sossego, quero mais amor e menos mimimi. Quero felicidade sem motivos, fazer novos amigos e conservar os velhos. Transformei-me em um cara maneiro, sempre disposto a ajudar, a não se importar com opiniões alheias e lutar pelo que quer, sem passar por cima de ninguém. Aprendi a escutar criticas e achar graça, a não vislumbrar com os elogios e entender que minha família é o que realmente importa. Me transformei nos meus amigos fiéis, aprendi neles o valor de ter gente do bem por perto. Aprendi a valorizar momentos, eterniza-los na mente e que bens materiais, são só futilidades necessárias. Aprendi que existem pessoas que pensam diferentes e eu preciso respeita-las E se necessário, lutar pelo direito delas pensarem diferente. Entendi que existem pessoas más e que vão querer te contaminar com a maldade delas, aprendi a encarar isso com bom humor e a mostrar que o amor sempre vai vencer. Me transformei nos julgamentos que já fiz e entendi que eu era um babaca por julgar. Que cada pessoa carrega consigo uma dor que não posso compreender, e que devo abraçar com a verdade que um abraço merece. Que devo fazer morada de bons sentimentos, meu coração surrado por pessoas não capazes de se importar com a dor do outro. Virei-me do avesso, e hoje sou diferente dos outros “eus”. Amadureci, cresci e aprendi que a vida é para ser vivida e que se importar com algumas coisas só me faz mal e mais rancoroso. Aprendi a simplificar, a achar soluções leves e fáceis. Transformei-me em amor as crianças e um cuidado com os animais. Me vi sendo encantado com sorrisos sinceros, com olhares intensos e com afagos de aconchego. Aprendi a admirar musicas, lindas melodias, pinturas, livros e filmes. Me transformei em arte. Entendi que o destino cuida de algumas coisas, mas não posso ficar parado esperando ele resolver tudo. Preciso correr atrás do que quero, que tenho varias pessoas comigo, mas nenhuma delas vai conquistar as coisas por mim. Compreendi, com uma viagem pelo meu eu, que não importa o quão bom eu tente ser, sempre alguém vai se machucar e alguém vai me machucar. E que tenho que sorrir pra dor, escancarar o amor e acreditar que o verdadeiro sempre prevalece. Então, carrego comigo esse bom humor, mando dedo pro rancor e sigo adiante, que tenho muita coisa em mim pra transformar!


Autor: Luiz Felipe Paz

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Maluco beleza

Tenho afinidade com gente maluca. Malucos são felizes. Gente doida mesmo, que cada hora quer alguma coisa, que parece estar sempre ligado no 220 , gente que não julga, que dança estranho, que fica horas falando sobre coisas nada a ver. Gosto de gente que acrescenta, que soma e que faz pensar. Gente leve, livre de convicções chatas e que tenta te empurrar ideologias goela abaixo. Gente que escuta reggae, faz pagode, grita no rock e cola rostinho no forró. Pessoas bem humoradas, que riem de você e com você e quando você não ri, ela ri do seu mal humor. Gente que parece transpirar amor, que gosta de distribuir abraços sinceros. Gosto do cara maluco, que parece não se importar com o fato de acordar amanha cedo e ter que trabalhar, ele aproveita aquela noite e fim. Curte o momento, faz o possível pra agradar as pessoas e parece estar sempre de braços abertos pra receber toda a felicidade que o mundo pode oferecer. Eu sou daqueles que acha legal o tiozão que se diverte como uma criança. Quem falou que tem idade certa pra ser feliz? Pra dançar estranho e pra acordar o amigo com Colgate na cara? Quem inventou essa maldita regra que o adulto tem que ser super maduro e responsável? Sério? Toca o foda-se nessa porra e vai curtir. Tem muita gente feliz e responsável. Dá pra conciliar sua idiotice com o acordar cedo e ir trabalhar. Dá pra amar e não machucar. Eu não sei porque isso, mas as pessoas mais legais que eu conheço, são aquelas que pra definir, não existe outra palavra: Fulano? Conheço, é aquele maluco né? Porque ser maluco é do caralho. É aquele cara que topa o que o destino traça, é aquela menina que veste o que quer vestir, nem ligando pro que as pessoas vão falar! Deixa julgar, sempre vai ter gente chata pra atrapalhar nossa felicidade. Só ignorar. Não brigue com seus amigos, não gaste energias para coisas ruins, releva, não estressa e simplifica. Para tudo, tem uma maneira simples de resolver as coisas. A gente que gosta de complicar demais. Esse é meu conselho, achou um maluco por ai? Abraça e convida pra beber. Convida pra sair. Convida pra ser feliz. É isso, vamos espalhar felicidade, doar sorrisos, dar o dedo para os chatos e ter vários dedos de prosa com as pessoas. Conhecer historias. Ouvir musicas novas e abrir a mente para todas as possibilidades. Tomar uma dose diária de maluquice e sair por ai, fazendo do mundo, um lugar mais feliz.


Autor: Luiz Felipe Paz

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Coisa de pele!

Sabe o que me fode? É esse lance de pele forte que a gente tem! Não adianta colocar na minha cabeça que não é você, que não tem que ser. Quando sinto seu cheiro, quando olho nos seus olhos, quando eu te vejo, não consigo controlar. Tenho uma vontade enorme de te puxar pelo braço e dar aquele beijo cabuloso que a gente tem que parece ter sido feito pra nós, beijos perfeito que só o encontro da minha boca com a sua seria capaz de fazer. É isso que me da nos nervos, esse lance de lutar contra tudo pra não gostar de quem eu gosto. Cara, eu gosto de você, porra. Não adianta, o sexo com você é melhor que tudo que eu já provei, acredite, eu tentei. É pele. Não, mais que isso. É pele, suor e gemidos. É carinho, aconchego e conforto da sua cabeça no meu peito, e aquele jeito só seu de me pedir pra ficar. É mais que carnal. É mais que pele, que não pode se encontrar. É coração, que não pode se abraçar. É maluco, é muito doido, mas quando eu estou perto de você, eu me distancio de tudo. Esqueço o mundo e quero logo jogar as roupas pro alto, e de assalto te roubar um beijo. É um desejo incontrolável de te possuir, e te impedir de ir. Meu ponto fraco? Você. Esse sorriso, que você sabe que me domina. Esse seu jeito de menina que faz desse homem um moleque sem destino. Quer saber? Se não pode ser minha, nem aproxima que perto de você eu me perco e só me acho nos seus braços, onde agora não posso morar!



Autor: Luiz Felipe Paz