quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Ela é minha, eu sou dela, nada mais importa.


Acordei assustado, no meio da manhã de sábado, olhei para o lado, ela não estava. Coloquei a camiseta, peguei qualquer uma na gaveta, e desci, ela esta ali. Com uma camiseta qualquer, pensei comigo “que mulher”. Limpei os olhos, pra ver melhor era uma camiseta minha do meu time. Ela tinha acordado não tinha muito tempo. Os cabelos bagunçados, aquela cara de sono, e continuava LINDA. Olhou pra mim, me deu um sorriso, CARACA, que sorriso, deu vontade de pegar ela no colo. Café estava na mesa, que beleza ter ela pra mim. Tudo que eu gostava, do jeito que eu gostava. Não resisti, fui dar um beijo, ela negou, “tá com bafinho de sono amor”. Subi, escovei os dentes. Voltei à mesa, e não cansava de admira-la. Como a minha menina estava GATA. Abracei por trás, de um beijo na nuca, passei a mão em seus cabelos e minha mão percorreu seu corpo. Tinha acabado de acordar e queria sexo, queria algo muito intenso com aquela mulher, àquela hora. Tinha lembrado como eu era apaixonado por ela. Ela me controlou, e me falou, com um sorriso de lado “Agora não tarado, primeiro senta e come”. Sentei, comi. E me levantei, fui para sala, como de costume, liguei a TV. Passou um tempo, ela sentou do meu lado. Com dentes escovados, demos o primeiro beijo do dia. Foi intenso, daqueles que a gente viaja, capricha, você tenta dar o melhor beijo da sua vida. Passei meus dois braços nas costas dela, abracei ela, ali, abracei muita coisa que me fazia feliz. Deitei-a no sofá. Com ela entre meus braços, deitado, subi a cabeça e olhei-a de novo. Eu estava em completo êxtase. Percebi como ela encaixava no meu corpo, o corpo dela tinha sido desenhado pra se encaixar no meu. Ela é minha, eu sou dela, nada mais importa. Fizemos sexo, fizemos amor. Foi intenso demais. Transbordava amor, ali era só amor, com suor, alguns gemidos e apertões nas costas. Depois de um tempo, exaustos pela maratona gostosa que tínhamos enfrentado, ela levantou, nua, linda. Mexeu em seus cabelos, vestiu uma roupa e saiu para comprar almoço pra nós. Levantei, lavei a louça do café. Relógio batia as 14.00, eu tinha futebol com os amigos as 16:00. Não tinha almoçado, e estava numa vontade louca de ficar com aquela mulher na cama, o resto daquele dia e o domingo todo. Desmarquei o futebol. Ela é minha, eu sou dela, nada mais importa. Almoçamos, ela dormiu um pouco. Eu fiquei lembrando como tinha conhecido aquilo que mudaria a minha vida. Ela era da minha sala de faculdade, mas nunca tínhamos conversado. Ela sempre me cumprimentou, mas nunca mais que duas palavras. Um dia ela sentou na minha frente, começou a mexer nos cabelos lindos que ela tinha, aquele no que ela deu no cabelo, pareceu parar o tempo. Eu estava encantado. Puxei assunto. Ela não deu muito papo, voltou a prestar atenção na aula. Um mês depois, numa festa da sala, com muito papo, consegui o primeiro beijo. Que beijo, parecia que dois lábios eram um só. Ela sentiu a mesma coisa, a ligação foi muito forte. Dois meses depois estávamos namorando. Um ano depois, estamos aqui, ela dormindo, eu mexendo nos seus cabelos. Na televisão passa um filme qualquer. Ela é minha, eu sou dela, nada mais importa. Minhas dividas, as matérias que devo na faculdade. Nada, ter ela é a realização de um sonho. Quero casar, e ter filhos com essa mulher, quero envelhecer com ela. Acordo ela com um beijo, um simples desejo, ser dela pro resto da minha vida. Falo isso, ela sorri, e volta a dormir. Achei graça, deito do lado dela e durmo também. Ali, nada mais importava, ela é minha e eu sou dela. Acordo as 19h00min, tínhamos combinado de ver um filme no cinema. Vamos, rimos o filme inteiro, comemos, chegamos em casa tarde da noite, depois de alguns chopes, Ela estava divinamente linda. Shortinho, um chinelo de dedo e uma blusa larga, e estava linda. Abro uma garrafa de vodca, bebemos, os 2, a noite inteira, e fazemos sexo de madrugada. Animal, voraz e quase viramos um. No domingo, acordamos tarde, acordo primeiro, acordo ela, olho nos olhos dela, ela tá de ressaca, mas ri. Faço cosquinha, a gargalhada dela me faz sentir coisas boas. Abraço ela, ainda deitado. Olho dentro dos olhos dela por um minuto, completamente encantado falo “eu te amo”. Nunca tinha falado isso pra nenhuma mulher, nem pra ela. Ela me olha, passa a mão em meu rosto e diz “ó meu amor, eu também e como é bom sentir isso”. Dou um sorriso, daqueles que a gente tenta segurar e não consegue. Ela ri, começamos a rir da breguice que foi aquele momento. Amar é bom, mas é brega. A gente se ama nas gargalhadas, no sexo que fazemos. Amamo-nos o tempo todo que estivemos juntos, em cada gesto. A gente se ama, e isso é o que fez valer tudo. Ela é minha, eu sou dela, nada mais importa. Passamos o domingo deitado, se curtindo e rindo. Levantamos, comemos algo e vamos a missa. Peço a Deus para abençoar aquela união. Saímos de lá, comemos alguma coisa, pegamos uma balada, ficamos iguais dois idiotas, apaixonados no meio da musica eletrônica. Ela ia pra casa dela, e eu pra minha. Paro o carro, desço, abro a porta pra ela, ela desce, faz uma brincadeira com meu gesto de cavalheiro. Beija-me e entra. Fico alguns minutos olhando. Entro no carro, chego em casa e deito, sozinho, depois de dois dias inteiros com aquela mulher. O cheiro dela estava ali. Lembrei que logo era segunda feira, quase bateu uma tristeza. Ai lembre: Ela é minha, eu sou dela, nada mais importa.


Autor:Luiz Felipe Paz
Extremismo não.

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