quinta-feira, 3 de abril de 2014

Uma certeza! Varias duvidas!



A gente se completa e, em festa, a gente dança. A gente samba, num compasso diferente, que quando juntos, faz todo o sentido. Ou não. Ou sim. Sei lá. É isto que você é pra mim: dúvida constante de um sentimento certo. Como um passarinho com a porta da gaiola aberta. Não sei se voo e descubro o mundo ou se fico com minha água, comida e carinho. É como um ninho que a gente vai construindo, colocando os galhos que a vida nos faz ter. É meio que uma canção, cada um com um acorde, cada um com seu estilo e quando junta, vira música pra Chico Buarque admirar. É meio que o encontro do sol com o mar. Um quente e parado. O outro gelado e em constante movimento. Mas juntos, é beleza pros olhos que faz todo mundo admirar. É poesia, palavras escritas, uma história construída com vírgulas, pontos, algumas reticências, uma exclamação e um ponto de interrogação. Será? Nunca vamos saber! É um parquinho de diversão, numa montanha russa, com um sobe e desce constante. Adrenalina à mil e certo medo de cair dali. Você sabe que tá seguro, mas tem medo. É meio que um cantinho de paz, num mundo de guerra. É espera. É tédio de domingo, beijo no umbigo e um cafuné. É uma entrevista de emprego, onde você nunca sabe se foi bem. Que espera todo dia o telefone tocar e ouvir a palavra “contratada”. Acho que é isso. É um contrato assinado sem ler. Em que as cláusulas, a gente vai colocando ao passar dos dias. É um salto de um avião sem paraquedas. Mas ter ali, alguém pra te segurar. Você se joga, o medo tá na sua garganta, você tá suando frio. E, sim, tem alguém ali que te segura, te coloca no chão e te abraça. Vocês rolam de rir. Porque é isso. Sempre foi isso. Amar é passar por todas as dificuldades que a vida propuser e, no final, RIR. Rir juntos. Rir de dar dor na barriga, como cosquinha numa criancinha. É aquele riso, sabe? Aquele de uma menina de 5 anos. Sincero, gritado e ingênuo. Ali, aquele sorriso logo depois do choro. Aquilo ali é o amor. 
O amor são essas dúvidas, que fazem a gente querer resolver. Porque, o dia que você tiver certeza do amor do outro, e parar de tentar conquistar. Aquele riso frouxo e gostoso já não vai ser mais tão divertido. E como amigos que brigam por uma bola de capotão, é cada um pro canto e separam-se as mãos! Autor: Luiz Felipe Paz

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