quarta-feira, 30 de abril de 2014
Saudades!
Deu saudades. Saudades de algumas coisas que nunca imaginei sentir. Senti saudades do seu bafinho de quem acaba de acordar. Da sua cara de sono, olho vermelho, tentando entender o que tá acontecendo, me olhando, me abraçando e voltando a dormir. Deu saudades do seu pijama listrado, cabelo bagunçado, travesseiro abraçado e o cobertor até o nariz. Deu saudades da sua respiração forte perto de mim, me pedindo pra te abraçar, porque o frio não te deixava dormir. Senti saudades de acordar primeiro, começar a escovar os dentes e ver você chegando, cambaleando de sono, pegando sua escova e escovar também. Nós dois, eu te olhando pelo espelho, você de olho fechado, ainda dormindo. Deu saudades do primeiro beijo do dia, com gosto de pasta de dente, um abraço apertado e aquele bom dia quase cantado. Que saudades do seu bom humor constante. Deu saudades dos nossos cafés da manhã, dois baurus na chapa, no fogão da sua casa e você fazendo o café. De sentar a sua mesa, olhar sua beleza, beijar a sua testa e fazer uma piada qualquer, pra ouvir sua risada gostosa e aquele comentário de todo dia “ai seu bobo, só você pra me fazer rir”. Nunca entendi, você ria de tudo. Saudades de entrar no carro, ligar o som, esperar você passar por todas as rádios, pra voltar pra primeira que eu tinha colocado. Eu gostava dessa sua mania de fingir que tinha o controle. Saudades de você sentar no banco, colocar o cinto e os pés pra cima, e começar a se maquiar, no caminho, e mesmo com o transito louco, nada tirar sua serenidade. Saudades de te deixar na faculdade e ir trabalhar, só pra te buscar mais tarde e ouvir as varias fofocas que eu nem me interessava, mas adorava ver sua empolgação quando contava. Que saudades. Saudades de ligar a TV, procurar um filme. De você pedir pra colocar um de terror e morrer de medo o filme inteiro. Nunca intendi como você gostava daquilo. Saudades de dividir um edredon, de roçar os pés e de tentar a mão boba! De ver você se fazendo de difícil e se entregando aos poucos, como quem diz “Eu que mando e vai ser quando eu quiser”. Saudades de deitar na cama, de fazer sexo intenso, de mais do que fazer amor, é transpirar amor, gozar amor. Saudades de abraçar você ao final, olhar pro lado e dizer, conchinha não, dá tesão, vira pro lado e dorme, que amanha é cedo. De você rir, me abraçar e dormir no meu peito, aconchegada nos meus braços. E eu te olhar por uns minutos, esperar o sono vir e dormir também.
Que saudades disso tudo. E de pensar que antes de te perder, pra esse câncer idiota, eu nunca dei valor nesses detalhes tão pequenos e nesse tanto de felicidade que você me proporcionava em um dia só. Espero te encontrar um dia, e deitar em alguma nuvem do céu, te cobrir de beijos e dizer. “foi tão ruim sem você lá, por favor, não me deixa nunca mais”?
Autor: Luiz Felipe Paz
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Dois sorrisos!
Autor: Luiz Felipe Paz
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Ressaca!
Cama vazia, tempo nublado, olho pro lado e não vejo ninguém. Cabeça doendo, ressaca. Resultado de uma noite de muita bebedeira. Puxo na memória o que aconteceu. Nada vem, decido levantar, escovar os dentes e beber água. Preciso matar essa sede. Chego na cozinha e reparo que na mesa está servido um café, alguém se alimentou e foi embora. Então, estive com alguém ontem. Odeio não lembrar de nada. Tomo café, ligo a TV e começo um exercício de memória. Preciso saber com quem eu fui embora do bar. Aos poucos, vou me recordando. Estava com amigos e bebemos muito. Meu telefone toca, não atendo. Toca mais três vezes, e decido atender. É uma guria louca, que a vida inteira eu fui afim, e nunca me deu bola, hoje, justo hoje, que estou tão bêbado a ponto de não querer ela, só por vingança, ela me liga? Atendo com certa grosseria, um alô seco e rápido. Ela não retribui. É doce, carinhosa e vai direto ao ponto. Quer me ver, quer conversar? Eu não quero. Mas a mente diz uma coisa, a boca fala outra e aceito o convite. Ela passa no bar e me busca. Ainda não entendo como não recusei aquele encontro. Vamos para minha casa. Lembro vagamente da gente conversar. Lembro que estava frio e ela pede emprestada uma blusa. Pego um moletom e entrego. Ainda estou um pouco distante. Um pouco frio e evito contato. Pego duas cervejas, dou uma a ela e fico com a outra. Ela veste a blusa de frio, coloca o capuz sobre a cabeça, ajeita um fio de cabelo que ficou no rosto, morde o canto da boca. Faz isso sem ver que a observo. Tenho que confessar, essa mulher é linda. Aquele gesto dela, meio que faz ir me entregando. Sento ao lado dela, abro a minha garrafa, abro a dela e fazemos um brinde. Ela dá um gole grande, coloca a cerveja no chão e fica me olhando, com um sorriso safado de canto de boca. Ela me quer. Não vou me entregar assim. Pergunto: “O que acontece? A vida inteira eu quis você, sempre fui apaixonado em você, desde a época do colégio. E hoje, do nada, você aparece? Bom dizer, que estudamos juntos desde a terceira série e eu sempre gostei dela. Fomos amigos por muito tempo, mas quando eu contei o que sentia e comecei a investir em alguma coisa, ela se assustou e afastou. Ela ri, porque faço aquela pergunta com um tom ríspido, pareço estar bravo, mas ela sabe que eu não sou assim e acha graça da minha tentativa de parecer ter o controle sobre mim. Ela diz: “homem é um bicho maluco! Por algum motivo, me deu uma saudade da nossa amizade e queria te ver. Não quero nada com você, só conversar”. Então, ela dá o sorriso mais safado do mundo, meio que desmentindo aquela última frase. Eu, vagarosamente, tiro o capuz da sua cabeça, ajeito alguns fios de cabelo atrás da orelha dela e me aproximo. Ela fecha os olhos, esperando um beijo, eu passo de sua boca, e abraço forte e cochicho em sua orelha. “você quer brincar com meus sentimentos. Foda-se, hoje eu estou afim e topo jogar”, então, puxo seu cabelo, trazendo sua cabeça para trás e a beijo. Beijo longo, ela assustada, demora um pouco a entender, depois retribui. Então, morde minha boca, uma mordida doida, parece querer me punir por ter o controle da situação. Então, ela levanta, começa a tirar a blusa de frio e caminhar em direção ao meu quarto. Ela faz isso de forma tão sexy, que eu fico hipnotizado. Sigo-a, acelero, pego-a por trás e passo a mão em seu corpo, da coxa até sua boca, lentamente. E vou beijando sua nuca... Meu celular toca, não é possível, na melhor hora da minha lembrança. Ele toca alto, parece tocar dentro da minha cabeça. Maldita ressaca. Atendo, tentando entender ainda o que tá acontecendo. Ela diz “bom dia amorzinho, viu que deixei café pronto pra você”?. Pergunto porque ela foi embora tão cedo, num domingo. Ela responde com aquele tom de quem acaba de vencer uma disputa. “a gente jogou hoje, eu acabei com você e tirei meu time de campo. Quando eu quiser brincar mais, eu te ligo e você vai estar prontinho pra me atender e me satisfazer”. E desliga o telefone. Sinto raiva, mas acabo rindo da situação, afinal, foi aquele jeito maluco e livre dela que me fez apaixonar. Vou à geladeira, pego outra cerveja, deito no sofá e volto as minhas lembranças. Afinal, não é pra isso que a gente se entrega a alguma coisa? Pra ter boas lembranças e boas historias?
Autor: Luiz Felipe Paz
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Fazer ou não a barba?
Deixei a barba por fazer. Por algum motivo, ela gosta daqueles cabelos
na minha cara. Fui a casa dela. Ela me olhou e sorriu. Entrei e ataquei. Um
beijo intenso, voraz, cheio de vontade. Minhas mãos percorreram cada centímetro
do seu corpo. Meio que esculpindo ela de novo, fui parte por parte, com todo
carinho e cuidado. Depois subi e dei-lhe outro beijo. Desci e rocei a barba no
seu pescoço. Ela gemeu baixinho, como quem aprova aquele gesto. Penso “ devo
deixar a barba assim mais vezes”, então, enquanto dou mordidas leves na sua
orelha, abaixo uma alça da sua blusa. Decido ficar ali naquela região do
pescoço por mais tempo, sussurro alguma safadeza em seu ouvido e puxo a outra
alça da sua blusa. Ela me afasta e tira a blusa. Então, paro, olho aquele corpo
e me sinto um cara de sorte. Ela pula em mim e entrelaça as pernas no meu
quadril. Pego, levo ela pra cama e a jogo, com carinho, mas com certa força.
Paro sobre ela e a encaro, ficamos um minuto olhando pro outro, como desejando
e mostrando todo o desejo no olhar. Um sorriso safado no canto da boca. Ela
levanta e me beija, dou uma leve puxada no seu cabelo. Ela aprova também aquilo.
Viro ela de costas pra mim, e começo a beijar suas costas, beijos rápidos,
quentes e molhados. Vou passando a mão em suas pernas e descendo, quando chego
no seu quadril. Viro ela de novo, tiro sua calça e a deixo só de calcinha. Uma
calcinha rosa. Volto ela de costas, e começo a beijar suas nadegas, as duas,
apertando uma e dando leves mordidas na outra. Minhas mãos tocam seus seios com
leveza. Ela então, não aguentando de vontade, levanta, me deita na cama e tira
toda minha roupa. Fico sem nada, e ela de calcinha. Então, ela deita sobre mim
e me beija. E, enquanto dá um beijo muito gostoso, esfrega vagarosamente sua
parte intima na minha. Ela desce, acaricia meu peitoral, vai descendo, com leves
mordidas na barriga, até que chega no cantinho do prazer. E ali, ela se dedica.
Sabe todo prazer que eu sinto com aquilo. E usando mãos e boca, ela quase me
leva ao orgasmo. Aviso,” se continuar, não vou aguentar”. Ela para, tira sua
calcinha e senta em cima de mim, devagarinho, sentimos entrar. Eu sinto como
ela está molhada. Parece estar pronta pra receber todo o prazer do mundo.
Então, em movimentos suaves, ela vai pra traz e pra frente, alternando com
alguma rebolada. Fico louco, não vou aguentar por muito tempo, mas seguro,
quero que cheguemos juntos ao orgasmo. Deito ela, vou por cima, eu controlo a velocidade.
Começo devagar, e vou aumentando. Quando coloco mais velocidade e alguma
pressão, ela parece gostar mais. Ela vai me apertando as costas, cada vez mais
forte. Parece ser um gesto involuntário. Olho pra ela, ela parece não estar
ali. Está de olhos fechados, morde a boca e delira. Alguns gemidos contidos, e
me apertando cada vez mais. Acelero os movimentos, vou gozar. Ela me aperta
muito forte, suspira e solta, e se joga, deita completamente o corpo, olhos
fechados. Parece ter atingido o máximo de prazer. Gozamos juntos. Ficamos um
tempo deitado, coloco minha roupa e vou até a porta, ela me acompanha, me
beija, passa a mão no meu rosto e diz “ pronto, agora, pelo amor de Deus, faz
essa barba”.
E vou embora, rindo de como as mulheres são malucas!
Autor:Luiz Felipe Paz
sexta-feira, 18 de abril de 2014
As respostas onde não esperamos!
Pego a estrada deserta. No carro, eu e todas as coisas que decido levar comigo. Não tenho destino, não faço ideia para onde ir. Despedi da minha mãe, ela, aos prantos me deu um abraço doído. Meu pai, mais seco, chora calado e me aperta as mãos, desejando boa viagem. Não sou adepto a despedidas, e envio uma mensagem aos meus amigos mais próximos. Conto da decisão de me mudar e digo que não sei para onde vou, mas que mando onde estarei assim que decidir. Recebo algumas respostas, me chamam de louco e querem explicações. Não dou. Estou no carro, toca uma música que aprendi a gostar na minha infância. Meio que nostalgicamente, começo a lembrar e me despedir de todas as memórias. É hora de recomeçar do 0, em outro lugar. Não é fácil. São 25 anos de muitas loucuras vividas. Vários amigos, uma família linda e várias histórias. Decido, depois de me prender tanto tempo em um local, que devo criar raízes em outro estado, outra cidade. Quero pessoas novas, que topem as loucuras que proponho, quero gente que me apresente suas loucuras e que me façam querer ficar. Me pego surpreso, com as lágrimas que insistem em cair dos meus olhos, quando lembro de uma antiga namorada. Ela foi a coisa mais louca que vivi. Decido apagar aquela memória também. Já são 6 horas de viagem, e nenhuma memória parece querer sumir. Ando sem rumo, até sem perceber o caminho que faço. Descubro que, o que a gente vive, fica tão gravado na gente, que faz parte de quem somos. Eu sou tudo que vivi naquele lugar. Sou todas as pessoas que me acompanharam nesse tempo. Minha personalidade, meu caráter, minhas conquistas, minhas perdas, foram construídas e conquistadas ali. Mudo a música, decido colocar na rádio e ouvir uma música nova. Sou o cara que foge de rotinas, por isso, resolvi mudar. Decidi que estava cansado do mesmo e queria coisa nova. Tento imaginar uma nova vida, cheia de coisas novas, pessoas novas, mas aquelas lembranças não saem de mim. Vou guiando o carro, e meio que em piloto automático, meu cérebro vai guiando pra onde devo ir. Quando me vejo, estou de malas na mão sendo recebido por uma mulher chorando, um homem com um sorriso contido que diz “eu sabia que você voltaria meu filho”.
Autor: Luiz Felipe Paz
Autor: Luiz Felipe Paz
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Preso no sorriso!!
Tomo meu banho, coloco uma roupa que comprei há uns dois dias atrás. Marco com alguns amigos em um barzinho. Estou numa fase muito maneira da minha vida. Estou super bem no meu emprego, vendendo e conquistando novos clientes. Estou conhecendo muitas pessoas e tendo ótimos papos. Faço planos de viajar com os amigos nas férias. Estar sozinho nesse momento é ideal. Marcamos de conversar sobre a viagem, tomar um porre e ouvir boa musica. Chego 20 minutos antes do combinado, quero pegar uma mesa pra gente, são 6 amigos. Aproveito pra pedir um chopp. Um cara, com um violão e uma bonita voz, toca todos os estilos e todas as músicas. Sexta-feira, estou cansado depois de um longo dia de trabalho, aproveito aquele momento sozinho pra relaxar. Os amigos vão chegando e sentando. Vamos bebendo e conversando sobre tudo. Proibimos de falar sobre os nossos empregos. Falamos de futebol, num papo animado. Estou no meu terceiro chopp, quando olho pra mesa da frente, estão quatro mulheres lindas, mas meu olho parou em uma em especial. Ele parou no sorriso dela. Ela tinha uma maneira de sorrir que me agradou. Um sorriso doce, meio sacana. Ela mexia lentamente a cabeça, no ritmo da música. E, ao mesmo tempo em que dançava, ria das amigas, e vez ou outra, bebia sua cerveja, em um copo americano. Era loira, não usava muita maquiagem. Ela sabia que era bonita e parecia fazer tudo em câmera lenta, pra ser observada. As horas foram passando, e eu mais prestava atenção nela no que na conversa dos meus amigos. Cara, sinistro, eu sou tímido e não tenho vocação nenhuma para conquistar mulheres, mas eu precisava dizer pra ela, que ela era bonita. Ela sabia, mas eu precisava dizer que eu tinha reparado. Ela levantou, percebi que ela ia ao banheiro. Aproveitei para ir também e, caso rolasse coragem, eu ia dizer. Quando ela saia do banheiro, fingi esbarrar, ela me olhou e pediu desculpas. Eu olhei, ela da cabeça aos pés. Pés que calçavam um chinelinho de dedo branco. Ela usava um short jeans largado, e uma blusa branca do Ramones. Pedi desculpas e disse:
-Eu precisava te dizer. Você é muito linda. Juro, não tenho intenção nenhuma, só precisava dizer isso.
Ela, com aquele sorriso que me hipnotizava, falou:
-Obrigado. Hoje estava com auto-estima baixa, foi bom ouvir isso.
Me deu um beijo no rosto e saiu. Feliz, cantando a música da Legião Urbana que o cara tocava e cantava, no seu violão e voz. Sentei em minha mesa e continuei conversando, mas encarando-a. Senti que ela percebeu e, vez ou outra, dava um sorriso ou me olhava, e quando via que eu a olhava, desviava o olhar. A conversa foi ficando animada e acabei me distraindo. Quando procurei ela, pra mais uma olhada rápida, percebi a mesa vazia e o garçom tirando os copos. Ela tinha ido embora, como num passe de mágica, havia sumido. Como eu ia achar aquela menina? Moro numa cidade enorme, não tinha nada dela que eu pudesse procurar. Devia ter pedido o telefone, mas a timidez não deixou. Levanto, despeço dos meus amigos e vou ao caixa pagar a conta. Triste, por ter perdido a oportunidade de conversar mais com ela.
Entro no carro, e começo a pensar. Estou feliz sozinho. Estou conquistando tantas coisas, planejo tantas coisas, uma mulher daquela não podia aparecer agora, ainda bem que não peguei contato. Decido não pensar mais naquilo. Quando estou entrando em casa, um número estranho me liga, não costumo atender números que não conheço, mas por achar que podia ser um amigo no bar, precisando de algo, atendo:
-Alô, esse celular é do Fernando?
-Opa, é sim, com quem eu falo?
-Fernando, aqui é a Vanessa, a menina do bar que estava na mesa em frente a sua.
Caraca, será que era a loira do bar. Mas como? Como ela tinha conseguido o meu telefone?
-Vanessa? A Loira linda do sorriso maravilhoso? Como você conseguiu meu número?
-Você ter me parado, ter me elogiado, mexeu muito comigo, eu estava precisando daquilo. Vi um amigo seu indo ao banheiro, bem na hora que estávamos indo embora, aproveitei e peguei seu telefone com ele. Algum problema?
-Lógico que não, eu pensei em pedir seu número a noite inteira, mas a vergonha não deixou. Ainda bem que fez, porque eu pensei em você no caminho todo. Você tem alguma coisa no seu sorriso que me encantou. Então, preciso te ver de novo. Podemos marcar alguma coisa?
-Podemos sim, um amigo meu toca em uma boate amanhã e quero ir vê-lo, quer me acompanhar?
-Lógico. Te busco amanhã às 22h, pode ser?
-Não, eu vou no meu carro, me encontra na porta da boate às 23h.
-Ok, beijos.
Chego em casa e durmo, estou um pouco assustado com o que rolou. Mas muito feliz, não é todo dia que um mulherão daquele me dá bola. No outro dia, fico ansioso. As horas não passam, quero encontrar aquela menina outra vez. Arrumo um milhão de coisas pra fazer. Até que chega a hora de me arrumar e ir encontrá-la. Então, eu vou. Às 23h, estou no local marcado. Ela atrasa 20 minutos, e quando chega faz valer a pena esperar. Está linda. Quando ela me vê, sorri. Sorrio de volta. Ela me abraça, um abraço demorado. E entramos na boate. Ela conhece todo mundo, do porteiro ao cantor. Cumprimenta muita gente, sempre muito educada e sorridente com todo mundo. Vou ficando cada vez mais encantado. Curtimos a noite toda juntos, música boa, ela conhece muitas pessoas ali. E ela fez questão de estar a todo o momento perto de mim, sempre querendo me agradar. Eu não bebo, estou dirigindo. Queria levá-la em casa, mas lembro que ela está de carro. Decido me despedir, e dizer que ligo outro dia pra combinar alguma coisa. Quando me aproxima, ela pede:
-Fernando, acho que bebi um pouquinho, não quero dirigir assim. Você me leva em casa?
-E seu carro? Como faremos?
-A Camila amiga minha vai levá-lo, amanhã ela deixa lá em casa.
-Levo sim, vamos?
Ela despede de todo mundo e sai da balada. Entramos no carro, ela vai explicando o caminho. Se lembrando aos poucos onde mora. Acho graça daquilo. Chegamos na casa dela, ela se despede. Seguro seu braço e digo:
-Já te deixei escapar uma vez, não vou deixar de novo. Não dá pra ficar contando com a sorte toda vez.
E nisso, dou-lhe um beijo longo. Ela assustada, mas querendo, retribui o beijo. E ficamos ali durante uma hora, entre beijos e carinhos, sem falar uma palavra. Então, ela diz que precisa ir embora, que está com sono. Então, a seguro pelo braço mais uma vez e digo:
-Eu não planejo e não queria ninguém na minha vida por agora. E talvez seja muito cedo pra dizer isso. Só que, esse sorriso seu, eu preciso ter comigo. Então, eu vou embora, mas vou voltar, porque você vai ter que ser minha e sorrir pra mim todos os dias.
Ela sorri, um misto de vergonha e felicidade e entra.
Saio dali certo de que vou namorar aquela menina. Não importa ter conhecido há pouco tempo e ainda não ter sentimento. Eu sei que estou encantado. Logo ele, o rapaz frio, que não se envolve com ninguém, está completamente preso naquele sorriso. E no caminho, vê um outdoor de propaganda de pasta de dente que diz “escove bem os dentes, você não tem ideia do poder de um sorriso”. Rio, dou gargalhadas e repito alto “você não tem ideia do poder de um sorriso”. Então, pego o celular e envio a seguinte mensagem pra ela: “nem te conheço direito e nem sei o que pode rolar entre a gente, mas seu sorriso me fez querer mais. Te ligo amanhã”.
E, sem perceber, ele vai sorrindo o caminho todo. E como numa multiplicação de sorrisos, o sorriso dela faz aquele homem frio sorrir o coração!
Autor: Luiz Felipe Paz!
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Não queira me entender!
Não queria definir ninguém nem a relação que você tem a qualquer custo. Algumas pessoas podem simplesmente te acompanhar na caminhada, te fazer sorrir, e te levantar de vez em quando e mesmo assim, não ser seu amigo. Ele não precisa ser nada, só alguém que está caminhando ao seu lado. Quando a gente define relações, a gente se decepciona com mais facilidade. Se você gosta de alguém, e ouve coisas erradas sobre aquela pessoa, ignore. Cada um tem uma visão diferente sobre uma pessoa. Aquele que não presta pra você, é o que vai mudar e fazer feliz outra pessoa, e assim é o ciclo natural das relações humanas. Que chato seria se todo mundo fosse igual.
Quer um conselho? Livra-se desse rancor que você tem isso só faz mal a você. Para de querer ter certeza sobre tudo e sobre todo mundo. Sabe aquela pessoa que você acha que não presta? Procura o que ela tem de bom, e usa a seu favor. Se não for do seu interesse, afasta, sem difamar ou espalhar o que você acha sobre ela. Enquanto você procura defeitos nos outros, tem muita gente de qualidade passando por você e você nem notando!
Autor: Luiz Felipe Paz
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Uma certeza! Varias duvidas!
O amor são essas dúvidas, que fazem a gente querer resolver. Porque, o dia que você tiver certeza do amor do outro, e parar de tentar conquistar. Aquele riso frouxo e gostoso já não vai ser mais tão divertido. E como amigos que brigam por uma bola de capotão, é cada um pro canto e separam-se as mãos! Autor: Luiz Felipe Paz
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