quarta-feira, 14 de maio de 2014

Mundo de aparencias!

Minha alma grita por mim. Me chama, pedindo socorro. Uma solidão incontrolável me domina, sinto alguma coisa que não consigo explicar. Tenho uma angústia doída dentro do peito, que parece lamentar a falta de conteúdo de algumas pessoas. Olho ao meu redor e, vejo a mesmice multiplicada. As pessoas estão perdidas num mundo onde os sentimentos foram banalizados, o sexo virou coisa qualquer e beijo na boca virou competição. Um mundo das redes sociais, onde se socializar virou coisa rara. As pessoas não se olham nos olhos, não se tocam mais, com a mesma verdade de outros tempos. Por mais hipocrisia que seja, as pessoas não se curtem mais, não compartilham mais abraços. É uma solidão total, salva por uma tela de celular e vários amigos virtuais, que amam todo mundo e fazem questão de divulgar isso com belos textos e fotos bonitas. A gente tá vivendo no mundo da aparência, onde o sentimento verdadeiro só vale se o mudo vê. As pessoas tão perdidas, procurando respostas no Google, e esquecendo que têm coisas que nenhuma tecnologia pode nos dar! Está todo mundo esquecendo que a gente vive por momentos, que são eles, e só eles, que a gente leva. Não adianta essa ostentação toda de bens e de conquistas, você leva os momentos que você vive, com as pessoas que você gosta. Não, amar não é provar para o mundo, arrotando palavras no seu Facebook. Amar é cuidado, é entrega e carinho. É perdão, é conhecer defeitos, é conhecer o lado ruim e amá-lo. Amar é tempo, e leva tempo. Que mundo é esse em que as pessoas estão ouvindo música tão alta que não conseguem ouvir o pedido de ajuda de alguém que precisa? Que mundo é esse, que o que eu tenho vale mais do que eu sou? Cara, não é possível que os valores tenham se invertido tanto e que os amores não sejam tão amores como deveriam ser! Na era do fast-food, que se come e joga fora, as pessoas têm, cada vez mais, vivido assim as suas relações pessoais. Minha alma suplica por abraço, quer atenção. Minha mente quer conversas boas, com vários assuntos. Quero pessoas que estejam preocupadas com os outros, que demonstrem sentimentos bons, que pegue na minha mão e me leve pra viver. Eu quero momentos para guardar comigo. Não posso estar sozinho nessa! Ouço, ao fundo, os gritos dos que não fazem parte dessa gente chata que fala dos mesmos assuntos e divulgam a escrotidão. Ouço berros de gente que quer conteúdo, que quer música boa e uma roda de amigos. Ouço muita gente do bem, que não se importa com quantas curtidas o mundo te dá. Que não se importa com quantos seguidores você vai ter. Quero gente que saia feia na foto, ou que nem saia na foto, porque tá aproveitando de mais a vida para poder registar! Autor: Luiz Felipe Paz

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