E, depois de quatro anos de namoro, ele a chamou pra casar
com o seguinte pedido:
Eu te convido, vem
sorrir comigo? Dividir uma coxinha e um guaraná? Vem ouvir das minhas musicas,
me apresentar as suas e me tirar pra dançar? Vem trazer leveza pros meus dias e
paz pro meu coração? Vem ser minha inspiração, o acorde que falta na minha
canção. Eu te convido a brincar com meus sonhos, a sambar com a batida do meu
coração. Vem me fazer feliz, pintar de giz meu quadro negro. Conta-me seus
segredos. Dá-me seu primeiro pedaço de bolo. Convida-me pra jantar, me leva pro
circo. Deixa-me ser seu malabarista, um equilibrista me divertindo na sua linha
da vida. Me pega, amassa e joga fora e depois, como um arrependimento de um
poema mal escrito, me busca no lixo e me publica. Fica, do meu lado e me
protege. Me abraça como uma criança manhosa com saudades da mãe. Me pega no colo
e me faz dormir. Não me deixa fugir. Divirta-se com minhas idiotices, seja
idiota comigo, ria com meus amigos e me faça rir de mim.
Eu te convido, numa súbita vontade de me entregar, a ser
minha mulher até o mundo acabar. E caso não queira tanto tempo, só faça meu
mundo girar. Quero beijos molhados, safados como dois adolescentes apaixonados.
Quero um dj pra minha balada, que guia com maestria os ritmos que minha vida
deve seguir. Quero você aqui, pra dividir um café um pão de queijo e rachar a
conta. Fica até onde der conta. Até onde quiser.
Aceita ser, de um menino crescido, a grande mulher?
Autor: Luiz Felipe Paz
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