terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

De teu guri para minha menina


Carta encontrada na casa de Dona Lurdes. Ela morreu duas horas depois de seu marido. Foi encontrado na cadeira ao lado da cama onde Agnaldo havia falecido. Ela segurava essa carta, e tinha um sorriso no rosto. Deixaram três filhos e estiveram juntos por 45 anos.  Agnaldo mandou a carta, com dois anos de namoro. Um ano depois, eles se casaram.

Minha menina...
A gente se conheceu, se amou e viveu coisas lindas. Alguma coisa aconteceu, a gente se perdeu. Perdemo-nos nas palavras, nos gestos e nas atitudes. O que era sincero virou comodismo. Eu amava sentir amor por você, hoje dói ter esse sentimento. Dói cada palavra que você me diz. Estar junto com você não é mais a melhor coisa do mundo. A gente só briga, vamos, aos poucos, matando o que foi lindo. A gente não se respeita, não se entende. No começo do fim, brigávamos escondido, morríamos de medo de alguém ver. Hoje não estamos nem ai, as brigas são em qualquer lugar, na frente de qualquer pessoa. Eu não quero mais isso. Quero sair desse relacionamento, mas o medo não deixa. Eu ainda amo você, e tudo que eu amo em você, eu sei que continua ai. Eu não vou desistir de lutar, porque eu escolhi ser seu. A gente vai ter que aprender a fazer desse fim, um começo. A fazer do amor, um recomeço diário. Não sei como, quero me encontrar em você, e me perder nos seus braços. Quero fazer de você, os meus melhores momentos. Então vem comigo, me dá a mão. Vamos juntos redescobrir uma maneira de amar de novo, de se amar todo dia. Vamos fazer acontecer.

Desculpa-me minha menina, mas não posso desistir de você. Não vou. Não sou esse tipo de cara. Se eu tenho dentro de mim, todo esse sentimento por você, é por algum motivo. Eu vou lutar, por você e por nós. Eu só estou tentando fazer da melhor pessoa da minha vida, uma realidade. Podia jogar a toalha, pedir arrego e sair fora. Podia viver sozinho, sem ciúmes, sem brigas, sem cobranças. Mas eu estaria deixando de lado a melhor coisa que me aconteceu. 
Diz-me, olhando nos meus olhos, que quer lutar por mim, que eu visto minha melhor armadura e vou pra guerra, que por você, eu vou até o fim, pra gente recomeçar de novo e de novo.

Ass: Teu guri.

Autor: Luiz Felipe Paz

Extremismo não.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Viajando na proposta!



Ela liga, ele olha o relógio, são 20:00, então atende.
-oi amor, tudo bem?
-Tudo sim e com você?
-Tudo ótimo, saudades de você.
-Também, mas precisamos conversar, pode me encontrar agora?
-Claro, tomo um banho e passo ai.
-Te espero, beijos.

Ele toma banho, tem um medo avassalador dentro dele. Estão juntos à 5 anos. Ele planeja pedi-la em casamento amanha, planejou tudo, comprou aliança e tem um discurso ensaiado. A ligação dela fez tudo parecer errado. Ele tem medo “ela quer terminar”, “está com outro”. Só passa coisas ruins em sua cabeça. Mas ele toma um longo banho, pensa em tudo que viveram juntos, vai pronto pra faze-la mudar de ideia e convence-la à ficar com ele. Coloca sua melhor camiseta, uma bermuda que ela lhe deu. Passa o perfume que ela sempre elogia, pega a chave do carro e vai. No caminho, coloca o CD que eles gravaram, com músicas que traduzem a historia dos dois. Lembra-se de tudo, uma lagrima cai. Ele sofre com a separação, sem ela ter dito nada. Ele nem sabe o motivo da conversa, mas imaginou tanto, o pior, que já chora de saudades. Ele liga, diz que está na porta, ela entra no carro, ele abraça e não te coragem de olhar nos olhos dela. Está tenso.
-Aonde vamos amor?
-Vamos naquele restaurante alternativo que gostamos?
-Pode ser.
São 5 minutos, mas o silencio é constrangedor, e só o faz ter certeza que é o fim. Sentam a mesa, ela pede o de sempre, sanduíche de cogumelo. Ele não pede nada. Então, ela diz.
-Meu amor, desculpa te ligar assim, no meio da noite, mas eu precisava conversar com você. Tem uma duvida muito grande dentro de mim e preciso te dizer.
- Eu sei o que é, você tem outro né? Me diz uma coisa, você o ama mais do que eu?
Ela ri, ri da paranoia dele e fala
-Para de bobeira, garoto, não tenho ninguém. Não diga uma palavra, até eu terminar tudo que tenho pra falar. Hoje, na hora do almoço, recebi uma ligação, de um amigo do meu pai, ele arrumou um emprego pra mim, em Nova York. É um trabalho que sempre sonhei tudo que planejei na vida, passa por essa oportunidade e não quero perde-la. Mas tenho você aqui, a única pessoa que me faria desistir disso tudo e ficar. Deixaria meus sonhos e essa oportunidade por você. Só preciso que você diga pra eu ficar.
Ela chora. Ele pega sua mão, com uma ternura que ela nunca tinha visto, ele levanta, beija sua testa, passa a mão em seus cabelos e diz.
-Vamos comer, com calma e depois conversamos sobre isso.
Eles comem, brincam e riem, mas sempre com aquele tom de despedida. Ele pensa muito, é uma baita responsabilidade. Ele tem seus projetos aqui, também tem seus sonhos e um emprego que não pode desperdiçar.

Eles comem, racham a conta, como sempre e entram no carro. Ele pega os patins que estão no porta malas, e os dois andam, por 1 hora, sentem a liberdade, sentem a brisa e o vento na cara. Ela chora tudo que tem pra chorar, eles andam sem qualquer tipo de contato. É o momento que os dois tem pra pensar. Depois de 1 hora, ela cai no chão. Estão numa praça deserta, ele vem atrás, deita sobre ela e dá um beijo.
-Fernando, não posso adiar esse sofrimento. Me diz, você quer que eu fique aqui?
- Minha menina, escute tudo que eu tenho pra te dizer, antes de tomar qualquer atitude. Eu te amo. E amor, pra mim, é querer o bem do outro. Eu podia, num lapso de egoísmo, pedir que você fique, que você viva o meu sonho aqui e viva a minha vida. Eu comprei uma aliança, e planejava pedi-la em casamento amanha. Não vou fazer isso. Por maior que seja a dor que estou sentindo, eu não vou pedir que fique. O amor que eu sinto por você é tão grande, que a sua felicidade é o mais importante pra mim. Quero que você realize seus sonhos, que você se torne a mulher maravilhosa que eu sei você pode ser. Não vou prometer te esperar aqui, não quero que você faça isso. Quero que você vá e viva tudo que você tem pra viver. Não vou dizer o clichê “se for pra ser, será”, isso seria alimentar um futuro que não me pertence. Você é pra mim, meu bem mais precioso, e sou capaz de deixa-la voar, e amar você mesmo que eu não te tenha mais.

Ela chora muito, tira os patins em silencio, entrega pra ele e pede pra leva-la embora. Ela não fala uma palavra no caminho. Quando chegam na porta de sua casa, ela beija seu rosto e entra.
Durante 1 semana, eles não se falam. Até que seu telefone toca. É ela.
-Fernando, podemos conversar?
_Claro passo ai.

Ele chega em sua casa. Ela entra no carro, da um beijo nele. Ele assustado, retribui. Então ela o afasta e diz, com uma voz de tristeza.
-Meu amor, pensei em tudo que você me falou. As suas palavras ecoaram em minha cabeça durante os 7 dias. E decidi que não vou viajar mais. Eu sei tudo que estou perdendo, sei que é uma oportunidade única. Mas pessoas como você são mais raras do que empregos bons. Eu estudei e me formei pra ter a capacidade de consegui-los. Uma pessoa como você, tenho medo de não achar nunca mais. E esse risco eu não posso correr.

Ela abraça forte e comemora, no fundo, era isso que ele queria. Ele entenderia e amaria mesmo que ela fosse, mas ela ali, era a melhor noticia do mundo. Ele liga o carro, coloca o CD dos deles, e vão juntos cantando a musica favorita deles. Os dois transpiram felicidade. Ele pega a estrada.
-Para onde vamos, menino louco?
-Não importa, só quero estar eu, você esse sentimento e mais nada. Enquanto eu estiver com você, não importa o destino eu confio que, estando juntos, o caminho que é importante.

Autor: Luiz Felipe Paz
Extremismo não.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Meu amicão!


Ele nunca me falou palavras bonitas. Ele não pode falar. Ele nunca me abraçou, entrelaçando braços e corações. Ele não tem braços. Mas tem coração. E fala que ama todos os dias, pela maneira que me olha. Posso chegar qualquer horário, ele sempre vem correndo, abanando o rabo, com uma alegria contagiante. Mesmo nos meus dias de “sai pra lá, vai deitar”, ele me olha com aquela cara de quem tem muita admiração e respeito por mim. É educado e faz questão de cumprimentar todas as visitas, com aquele jeitão dele, aquela alegria, vindo com um pouco de baba e alguns pelos. Não há alguém que não goste dele. Ele sabe o efeito que a cara de dó que ele faz tem, e consegue muita comida assim. Ele é o centro das atenções, todo mundo o quer no colo, faz carinho e faz aquela voz estranha, que todo ser humano faz para cachorros.

Carinha, você mora na minha casa, come da minha comida, toma banho da minha água. E tudo isso é muito pouco pra agradecer o bem que você me faz. Você mudou a minha vida. Sem dizer uma palavra, ou sem fazer nada de especial. Você me ensinou a maneira mais bonita de amar, sem esperar nada em troca. Você vai me amar, mesmo que eu seja grosso, mal educado e rabugento. Vai me amar, mesmo que eu esteja acabado, destruído. Você sempre me ouviu, ouviu os desabafos, e mesmo que não pudesse entender uma palavra, tinha uma maneira de me olhar que me confortava que me fazia sentir que você estaria ali, pra gente enfrentar qualquer problema juntos. Você foi o elo de harmonia e paz entre os membros da casa. Você consegue transbordar uma paz intensa, que contagia todos. Você tem uma maneira incrível de ser o melhor cachorro do mundo. Obrigado, por ter entrado na minha vida, por ter me feito o cara que eu sou hoje. Eu desejo uma coisa para o mundo, que os seres humanos tenham o seu coração.

Eu sei que cachorros vivem pouco. Eu sei que quando você partir, eu vou sentir uma dor imensa. Mas eu te peço, espera um pouco. Espera eu ter filhos, usa esse dom maravilhoso que você tem, de ensinar amor as pessoas, com eles. Eu preciso meu amigo, que você faça pra eles, o bem incrível que você me faz.

Autor: Luiz Felipe Paz
Extremismo não. ;D

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Rir


Que o sorriso seja sempre um estilo de vida. Que seja sempre uma maneira sincera de escancarar a alma pro mundo e poder dizer "que se foda essa porra, eu sou feliz pra caralho". Que rir seja o remédio para os seus males, seja a cura para as doenças. Que rir seja a maneira gostosa de enfrentar os problemas. Ria de si, ria dos outros, ria para os outros e com os outros. Ria sozinho, ria a dois, ria em turma, ria em família. Faça da risada, sempre uma escolha. Entre a lagrima e o riso, escolha o riso. Que o riso venha sem risco, e quando tiver riscos, ria disso. Procure ter por perto, pessoas que te façam rir. Procure eternizar os momentos bons, com risadas gostosas. Valorize quem consegue, com um sorriso, transmitir paz. Quem sorri com o coração. Nada é mais valioso que um sorriso, que uma gargalhada gostosa. Nada soa mais intenso na alma do que uma risada de alguém que a gente ama.

Então, que venham os problemas e que você saiba que vai ser difícil e que a luta vai ser árdua, mas se você conseguir rir durante a batalha, vai ser muito mais gostoso. 


Autor:Luiz Felipe Paz
Extremismo não.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Nas ondas do Sexo, na praia do amor!


Arrumaram as malas. Ela estava ansiosa, a primeira viagem sem os pais. A primeira viagem com o namorado. Pensou em tudo, eram 3 dias na praia, mas ela levava roupa pra um 1 mês inteiro. Eles namoravam a 11 meses, ela nunca tinha feito sexo, e queria que ele fosse o seu primeiro homem.Planejou, pensou em cada detalhe. Ele, mais desleixado, jogou algumas roupas na mochila, nem pensava em sexo, eram 11 meses tentando e nada. Mas estava feliz, gostava dela, ela era super divertida e seria uma viagem incrível. Ele estava empolgado.
Passou na casa dela, colocou sua mala no porta malas, brincou com o tamanho da bagagem. Ela riu. Entraram no carro. Ele tinha feito uma seleção de músicas. Eram 4 horas de viagem, e eles foram conversando e rindo o caminho todo. Era um casal diferente, eles não brigavam, se respeitavam. Os dois sempre de bom humor, levavam tudo na brincadeira, e o clima entre eles era sempre muito agradável. Ela gostava dele desde a infância, época de escola, sempre achou ele incrível. Ele, foi percebe-la mais tarde, ela ganhou corpo, ficou bonita e começou a jogar vôlei na escola. Ele ia assistir seus jogos, e foi achando ela uma menina diferente. Não era fútil como suas amigas.
Depois de uma gostosa viagem, chegou a praia. Tinham pegado emprestada uma casa de um amigo. Casa simples, mas bem aconchegante, ideal para 3 dias do casal. Deitaram na cama, dormiram um pouco. Acordaram, colocaram roupa pra ir ao mar, passaram bronzeador e partiram. Não era temporada, a praia estava deserta. Pegaram uma água de coco e dividiram, depois, ela correu pro mar, sua empolgação era gritante. Ele ria, não gostava muito desse negocio de água salgada. Mas correu atrás,  chegou, abraçou-a por trás e pularam juntos na água, brincaram, depois deram um longo beijo. E a coisa foi esquentando, ele já desacreditado, sempre tinha esses beijos quentes, mas ela sempre dizia que não era a hora certa. E não foi, ele tentou uma mão boba, ela disse “aqui não, não me sinto confortável”. Ele com toda paciência do mundo falou “ tudo bem meu amor, vai ser no seu tempo”. Saíram do mar, deitaram na areia e começaram a conversar sobre a historia dos dois. Como se conheceram, riram de alguns momentos que já tinham passado juntos. Foram pra casa, ele tomou um banho rápido, colocou uma roupa qualquer e esperou ela terminar, tava com muita fome e queria comer alguma coisa. Ela demorou, mas valeu a pena, saiu linda do quarto. Ele não conseguiu disfarçar seu encantamento, deu um sorriso e abraçou ela, e falou “caraca, ainda bem que essa mulher é minha” ela riu “ seu bobo, para, vamos comer”. Comeram qualquer coisa em um restaurante de praia, tomaram uma cerveja e voltaram. Ela tinha preparado algo especial. Chegaram, deram um beijo, um beijo intenso e demorado, quente. Ele foi descendo a mão, chegou em sua bunda e apertou, aproximou o corpo dela ao seu. Ela deixou, ela o beijava com muita vontade, com uma sede que ele nunca tinha visto. Ele sentiu que aquela noite seria especial. Ele tentou colocar a mão nos seios dela, ela tirou e falou “hoje é seu dia de sorte, eu sou toda sua, corpo alma e coração”. Ela tirou sua blusa. Ele a olhou da cabeça aos pés. O corpo dela era incrível, ela era muito bonita e ele tava incrédulo com o que ia acontecer. Esperou 11 meses, sonhou com aquele momento todas as noites. Ele Abraçou, e foi passando a mão no corpo dela, com todo cuidado, foi descobrindo todos os detalhes do corpo dela, deitou-a na cama ela completamente nua, ele beijou seu pescoço, e foi descendo, sua boca percorria cada centímetro do corpo dela, passou pelos seios, fez ela sentir coisas que ela nunca tinha sentido. E desceu, chegou onde ela tanto tinha guardado, e caprichou. Ela parecia estar curtindo tudo, estar gostando de tudo. Ela estava completamente entregue aquele homem. Ela gemia baixo, e se contorcia. Ele estava tentando ser o mais cuidadoso do mundo. Era a primeira vez dela e ele queria que fosse especial, que ela nunca esquecesse daquela noite. Queria que fosse uma assinatura de contrato pra felicidade plena dos dois. Ele queria passar sua vida com aquela mulher, e queria fazer tudo ser perfeito, a partir daquela noite. Ele levantou, e enfim, viraram um corpo só, ele colocou devagar, ela sentia dor, ele perguntou se era pra parar, ela mandou continuar. E ele continuou. E começou lentamente, um vai e vem. Pediu pra ela ir dizendo qual velocidade queria, ele queria que ela gostasse de tudo. Ela o apertava, gemia em seu ouvido e apertava forte. Ele olhou dentro dos olhos dela, a beijou e ela não deu conta de retribuir o beijo, estava gostando tanto daquele momento, que não conseguia concentrar em outra coisa. Eles ficaram ali, no sexo intenso, forte e voraz, se amando, fazendo do sentimento algo carnal. Era forte tudo aquilo. Ele já tinha transando com 4 mulheres, mas nada se comparava com ela, com aquele momento. Era a primeira vez que envolvia amor. Depois de quarenta minutos, eles sentiram que iam, juntos chegar ao orgasmo. Ela o apertou forte, ele deixou rolar. E juntos, conseguiram chegar ao ápice do desejo. Ela ficou uns 5 minutos em silencio, curtindo todas as vibrações novas que seu corpo estava enviando. Ele queria falar, ele precisava falar que amava ela, ele nunca teve tanta certeza de um sentimento como aquele. Ela levantou, ele puxou-a, e falou. “ eu te amo, amo seu corpo, amo você, com toda a simplicidade que o sentimento necessita, com toda verdade que ele precisa e com todas as forças que eu consigo. Eu te amo porque você é minha, agora, de corpo alma e coração” Ela chora, abraça-o forte e diz “ eu também te amo, e obrigado, pelo momento mais mágico da minha vida”.
Eles deitam, precisam dormir, amanha é um dia cheio de coisas, na praia. Ela só de calcinha, ele sem nada. Dormem, mas acordam no meio da noite, já ela em cima dele. Dormindo, foram se aproximando e quando acordaram, já estavam transando. Depois de três dias de muito sexo e amor, voltam.
A viagem de volta é divertida como nunca. Ela estava mais de bom humor do que o normal. Ele estava feliz com o que tinha acontecido.
Passa a semana, e ela não vê a hora de encontra-lo de novo. De se entregar de novo. Vão os dois pra faculdade, estudam muito, e no final do dia conversam ainda é segunda-feira e o tempo não passa. O namoro nunca esteve tão bom.
Ele começa a refletir, e pensar que o fato dela ter demorado a se entregar, fez muito bem pros dois. O sexo não era principal elo entre os dois, foi o amor, e o sexo foi só um firmamento da intensidade do amor. Talvez nunca seja tão bom quanto àquela noite, mas enquanto o sentimento estiver forte entre os dois, vai ser mágico cada instante. Ele agradece a Deus a mulher que tem, deita em sua cama e espera ansioso o final de semana. Ela pensa nele, e agradece a Deus a paciência de seu namorado, por eles ter sabido esperar o seu momento. E naquela noite, por uma incrível coincidência, sonham um com o outro.

Autor:Luiz Felipe Paz
Extremismo não.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quantas loucuras inesquecíveis você deixou de fazer, preocupado com a opinião das pessoas? Quantas vôos poderia ter alçado se não fosse o medo de altura? Se não tivesse medo de se arriscar? Quantas pessoas incríveis você deixou de conhecer, ouvindo boatos e julgamentos de gente idiota? Ouvindo seus próprios julgamentos? Quantas vezes perdeu amigos por orgulho? Por não saber perdoar? Quanta comida gostosa você deixou de experimentar, por achar que não gosta, mesmo nunca tento experimentado? Quantos livros bons você deixou de ler, por acreditar numa critica? Quantos filmes legais você deixou de ver, porque leu a sinopse e não gostou? Quantas vezes você deixou de ligar pra alguém, porque teve medo de não atender? E se atendesse? E se a conversa fosse massa e mudasse tudo? Quantos amigos você perdeu, tentando achar uma maneira de não perde-los? Quantos amores você não teve, porque teve medo de dizer que amava? Quantas vezes você quis abraçar seus avós e hoje não tem essa oportunidade?

Só me diz uma coisa. Quais historias você vai contar pros seus netos? Quer um conselho?
Viva a sua vida sem se preocupar com os julgamentos, com as opiniões. Se não quer fazer por você, faça pelo seus netos.


Autor: Luiz Felipe Paz
Extremismo não.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Saia da rotina, ou não.


A vida é uma grande rotina. Nosso corpo exige uma rotina. Você pode ser o maior aventureiro do mundo, você vai fazer algumas coisas da mesma maneira, sem perceber. O jeito que arruma o cabelo, que segura um copo, que escova os dentes. O lugar de sentar no sofá, o seu café da amanha, você vai comer as mesmas coisas. Vai usar algumas gírias, vai ter a mesma letra. Vai pegar os mesmos caminhos, andar pelas mesmas ruas. Vai escutar algumas musicas por muito tempo. Ver um filme repetidas vezes. Vai rir da mesma piada. A gente simplesmente se acostuma com a rotina, nosso corpo precisa dela e nossa mente se alimenta com ela.

A rotina é presente em qualquer relacionamento, mesmo que você passe a vida viajando e fugindo da rotina. Se acomodar e acostumar com uma coisa é tão comum que a gente nem percebe. A maior casa do comodismo é o amor. Você acaba se acostumando com o cheiro, com o sorriso, com a voz. Você se acostuma com as brigas,com as lagrimas, acostuma com o abraço, com o sexo. Acostuma-se com os horários, com os vicio e manias. Você acostuma-se a sentir ciúmes.Falar “eu te amo”, vira costume. Esse é o perigo de um relacionamento. Quando o amor virou costume, e deixou de ser amor, pode se acostumar você já perdeu a pessoa. A rotina é fundamental, mas devemos saber que algumas coisas, precisam sempre parecer ser a primeira vez, mesmo que você faça aquilo todo dia. Faça o exercício. Tente sentir o cheiro de uma pessoa que está com você todo dia, elogie isso. Repare no seu sorriso, abrace com tanta força, que os corações consigam pulsar na mesma velocidade. Beije lentamente, acelere, sinta. Faça do sexo um acontecimento único, uma junção de corpos tão intensa, que vai ficar marcado cada detalhe do seu corpo no corpo do outro. Mesmo que ame, não fale isso por falar, pra agradar ou pra responder o eu te amo do outro. Tente sentir, antes de dizer. Se você faz dessas palavras, um detalhe, o amor vai acabar virando um detalhe. Tente se livrar desse ciúme acostumado. O ciúme está mais na maldade dos nossos olhos, do que na ação do nosso parceiro. Tente respirar a analisar com calma cada situação. Acorde todo dia, querendo fazer da sua rotina necessária, uma grande experiência.


Você vai acabar percebendo, que ser feliz não é fugir da rotina. É saber que algumas coisas são necessárias, a repetição, que algumas coisas você precisa se acostumar e outras você precisa lutar todo dia pra ser diferente e ser como se fosse a primeira vez. O segredo da felicidade é fazer do encantamento com pequenas coisas, uma rotina diária. 


Autores: Luiz Felipe Paz E Vanessa Lobato
Extremismo não.